«Somos chamados ao trabalho desde a nossa criação. Ajudar "pessoas em situação de pobreza", deve ser sempre um remédio provisório. O verdadeiro objectivo deveria ser sempre consentir-lhes uma vida digna através do trabalho» Laudato Si: página 88.

quinta-feira, 28 de abril de 2016

O beijo de Deus e os pobres

Ainda como rescaldo da Peregrinação Vicentina a Fátima, em 2014, depois de ouvir em casa a gravação que recolhi numa das intervenções na assembleia vicentina, dei por mim a pensar; o que poderá o vicentino presente na Assembleia no Centro Apostólico Paulo VI, recolher das palavras deixadas por um dos intervenientes, o Padre José Frazão, novo Providencial Jesuíta, como ensinamento para o vicentino olhar o pobre de uma outra maneira. passarei a citar uma pequena parte da sua intervenção:
- «Como devemos olhar para os pobres de outro modo… olhar o pobre não como um ser à parte, diferente, distante mas podemos pensar que do pobre nasce ou deverá nascer do acolhimento do “Dom”…e talvez aí esteja o início da sensibilidade aos pobres… dito de outro modo… possivelmente nós só conseguirmos ser verdadeiramente sensíveis aos pobres se sentirmos antes de mais, amados pelo próprio Deus.
Dizem os evangelhos nós para Deus não somos pobres somos filhos…o homem e a mulher nascem do “Beijo de Deus”.
Deus como se pegasse naquele pedaço de barro no qual modela aquilo que nós somos e depois de o beijar e fizesse com que o pedaço de barro ganhasse vida… a própria vida de Deus e aí nasce o homem e a mulher.
Extraordinário!...
Nós saímos do “Beijo de Deus”… como filhos amados pelo pai e pela mãe, que beijam o seu filho que vêem a nascer.» Fim de citação.

Pensemos um pouco neste texto; não estará no amor a Deus que tenhamos o reconhecimento pela dignidade e respeito que o pobre merece?... Ele o pobre, é muitas vezes posto à margem da lei. Deviam de o proteger e sociedade o que faz? Escorraça-os como se fossem "o Condenado" e sempre incompreendido... 
E nós que lhe damos, daremos alguma solidariedade? Paramos a ouvir a sua estória? Será que a nossa paciência chegará como um bom samaritano que acolhe aquele que precisa? Coloquemos-nos ao lado dele e vamos ver, onde está a verdade dos seus problemas?...

São perguntas que deixo e nós vicentinos e também a Igreja devemos reflectir e dar o seu apoio e sobretudo: Saber ouvir... 
Quando parar para orar olhe de frente para Jesus Cristo, sorria para Ele e verá no pobre outra pessoa.  
Não resisto em mencionar uma frase de São Vicente de Paulo e que depois de ver o filme da vida dele, poderei compreender melhor e que poderá contribuir para reflexão:  «Dez vezes irão aos Pobres, dez vezes encontrarão a Deus».
Uma verdade!
Por outro lado vejo e revejo no dia-a-dia que nao consideram o ser o ter humanismo o que quer dizer: "filosofia moral que coloca os humanos como principais numa escala de importância no centro do mundo". Cola-o para um segunda importância. 
Deus está no "Topo" e não no centro. 
Deus é a cabeça, Jesus membros e colados ao seu corpo, fazemos caminho. 

É ter lapso dizendo que Deus é que está no centro, porque esta trocado na sua escala, que é superior.









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