«Somos chamados ao trabalho desde a nossa criação. Ajudar "pessoas em situação de pobreza", deve ser sempre um remédio provisório. O verdadeiro objectivo deveria ser sempre consentir-lhes uma vida digna através do trabalho» Laudato Si: página 88.

sábado, 27 de abril de 2013

A Canga da pobreza que nos é imposta!


«Se não nos reconhecermos em Cristo, o que seremos? Acabamos como uma organização não-governamental piedosa» - Papa Francisco 14-03-2013.
Assim foi uma das suas primeiras palavras após a sua eleição, identificando entre outras frase como sua reflexão que se não nos identificamos com Cristo isto não vai lá (…)
Foi assim que estas frase me serviu para deixar como uma atordoada, em (sentido figurado), que me fez despertar a dizer, até quando teremos que aguentar, calados bons,  muito educados e seguidores de uns quantos homens incautos que nos conduzem a um estado de miséria. Até quando…

Todos sabemos as dificuldades que povo português na sua maioria, se tem confrontado nas suas vidas com uma espécie de «canga de pobreza» com as dificuldades,  falta de empregos, falta de comida à mesa, de medicamentos, do mau atendimento nos hospitais, da escassez de médicos mas sobretudo com os «medos de denunciar as condições que levam à pobreza, de consentirmos que tantos continuem vítimas de uns incompetentes e de uns tantos monopolista da riqueza», levam este povo cristão e crente em Deus que vêm em Cristo ressuscitado a coragem de que é preciso denunciar todos os males deste mundo, não podemos de ter medo para que não fiquemos presos à condição humana.

Já dizia D. Ortiga (29-03-2013) e bem, «porque consentimos que tantos continuam vítimas (…) do desemprego, do monopólio dos bancos?»

É bem certa esta frase que nos leva a pensar que temos direitos, que devemos não ter medo de denunciar os males deste mundo governados por homens.

Foi São Pedro, o primeiro Papa, falecido no ano 67dc, de pregar o evangelho, foi perseguido e crucificado de cabeça para baixo pois entendia que não tinha o direito de ser comparado como o seu mestre e achava-se indigno de morrer com a mesma posição de Jesus Cristo. 
Também nós poderemos achar que não somos dignos e merecemos e carregar a cruz de São Pedro no fim dos nossos dias sim mas, temos direitos e o primeiro é o direito de nos pagarem o nosso dízimo, não a décima parte de um imposto mas ao direito que é a felicidade.  

Como dizia D. Ortiga (29-03-2013), temos dois direitos: «o de uma vida em qualidade e uma esperança que gere sentimentos»

Alguns eruditas tentam-nos convencer como se fosse uma decisão cultural ou de ética de outros tempos, classificar um povo como se fossem uma barra de código que nos define a qualidade, de ser trocado como uma peça à medida dos desejos de quem não tem voz, prejudicando os homens e mulheres, esquecendo-se que as pessoas não são números. 
Toda a diferença começa aqui, desde que queiramos…

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Peregrinação Vicentina Anual a Fátima


A presença de vicentinos do Conselho de Zona de Gaia Norte e do Sul na Peregrinação Vicentina Anual ao Santuário de Nossa Senhora de Fátima.
Aos dias, Vinte e Vinte e Um de Abril do ano de Dois Mil e Treze.    

Procissão  das Velas
Palestra sobre 200 anos nascimento Frederico Ozanam

Momentos da Eucaristia
e Convívio entre os peregrinos

Um bebé que nos fez companhia ao almoço
e momentos de convívio 

Começa o regresso e a boa disposição

O conselho de Zona de Gaia Norte representado pelo
Grupo de Vicentino na peregrinação a Fátima 








quinta-feira, 18 de abril de 2013

Peregrinação Nacional Vicentina a Fátima

O Conselho de Zona de Gaia Norte irá estar presente na Peregrinação Nacional Vicentina ao Santuário de Fátima, no dia vinte e vinte e um de Abril estando representado por vicentinos de várias conferências do nosso concelho de Gaia.


O local da recepção dos peregrinos para a partida está prevista para as 08,00 horas, parte lateral da igreja ao Centro Paroquial de São Cristóvão de Mafamude.

Aos peregrinos desejo a todos uma boa viagem e que tudo corre bem, com boa disposição e que a peregrinação seja um momento especial neste ano em que se pede a canonização do Beato Frederico Ozanam.

Oração para canonização do Beato Frederico Ozanam.

Senhor:
     Fizeste do Beato Frederico Ozanam uma testemunha do Evangelho maravilhado com o mistério da Igreja.
     Inspiraste a sua luta contra a miséria e a injustiça e dotaste-o de uma incansável generosidade ao serviço de qualquer homem que sofre.
     Em família, revelou-se filho, irmão, marido e pai de excepção.
     No mundo, a sua ardente paixão, pela vontade iluminou o seu pensamento, o seu ensino e os seus escritos.
     À nossa Sociedade, que concebeu como uma rede universal de caridade, insuflou o espírito de amor, audácia e humildade herdada de São Vicente de Paulo.
     Em cada um dos aspectos da sua breve existência aparece a sua visão profética da sociedade tanto como a evidencia das suas virtudes.
     Por estes múltiplos dotes, damos-te graças, Senhor, e solicitamos - se tal é Tua vontade a graça de um milagre, pela intercepção do Beato Frederico Ozanam.
     Que a Igreja proclame a sua santidade, tão providencial para os tempos presentes!
     Pedimos-te por Nosso Senhor Jesus Cristo.
     Ámen 

Aos ausentes, pedimos que estejam na retaguarda a rezar por este dia especial, a peregrinação vicentina, pois todos nós pediremos de certo, também rezaremos por todos vós.

Boa viagem
Fernando Teixeira
Paz e Bem





quarta-feira, 17 de abril de 2013

"Zero Desperdício"

Zero Desperdício recuperou mais de 388 mil refeições que iam para o lixo.
Durante o primeiro anos existência, o movimento Zero Desperdício distribuiu refeições a mais de 3 mil famílias.

O movimento Zero Desperdício, criado há um ano, recuperou mais de 388 mil refeições que tinham como destino o lixo, distribuindo-as por mais de 3.000 famílias carenciadas de Lisboa, Loures, Cascais e Sintra, segundo o mentor do projecto.
O projecto nasceu a 16 de Abril para lutar contra o desperdício, através do aproveitamento de milhares de refeições em "perfeitas condições que eram deitadas ao lixo" por restaurantes, empresas e instituições devido a uma má interpretação da lei, disse à Lusa o presidente da associação Dariacordar.

"Ao fim de um ano, conseguimos testar o procjeto e obter resultados concretos nos quatro municípios" que aderiram ao movimento, sendo o passo seguinte replicá-lo por todo o país, adiantou António Costa Pereira.

Lusa (com Vânia Maia)

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Beato Frederico Ozanam


Frederico Ozanam nasceu a 23 de Abril de 1813, em Milão (Itália). Filho de Jean-Antoine, médico prestigioso, cuja fama profissional não o impedia de assistir doentes indigentes, com o mesmo cuidado e afabilidade reservados aos pacientes da alta condição social, e de Marie Ozanam, também dedicada à assistência dos pobres e enfermos. Frederico respira desde o nascimento o profundo espírito de caridade compartilhado pelos seus pais.
Depois de uma infância muito protegida em Lião, Frederico entra no colégio em 1822 para começar os estudos secundários. Estudante brilhante e leitor insaciável, aos 17 anos conhece várias línguas: grego, latim, italiano e alemão, e inicia um curso de hebraico e sânscrito. De espírito sensível e preocupado, é apaixonado pelo estudo da Filosofia, consumindo-se com frequência numa investigação existencial e espiritual, que jamais abandonará.
Em 1831, Frederico, erudito jovem de província, chega a Paris para estudar na Sorbona. Em pouco tempo converte-se num assíduo frequentador dos ambientes intelectuais (entre os quais o salão de Madame Récamier) e começa a colaborar com jornais e revistas. Apesar da sua timidez e do comportamento simples, emergem com clareza tanto a sua profunda humanidade como o seu rigor moral: a sua imensa cultura, as suas opiniões actualizadas e o seu catolicismo empenhado tornam-no rapidamente uma personalidade relevante. Frederico dedica a sua formidável eloquência a moderar os debates sobre religião e política, num círculo literário estudantil chamado «Conferência de história», do qual é porta-voz. Certa tarde, depois de sair vencedor de um debate com um estudante socialista sobre o compromisso social dos católicos, anuncia a um amigo a intenção de realizar finalmente um projecto, que há tempo lhe era muito querido: uma «Conferência de caridade», uma associação de beneficência para a assistência dos pobres, «a fim de pôr em prática o nosso catolicismo».
Desta maneira, em Maio de 1833, com apenas 20 anos, Frederico funda, juntamente com seis companheiros, as Conferências de São Vicente de Paulo: «na época borrascosa em que nos encontramos, escreve ao seu amigo Ferdinand Velay, é bonito assistir à formação, acima de todos os sistemas políticos e filosóficos, de um grupo compacto de homens decididos a usar todos os seus direitos como cidadãos, toda a sua influência, todos os seus estudos profissionais, para honrar o catolicismo em tempos de paz e defendê-lo em tempos de guerra». Nenhum dos seus jovens fundadores podia imaginar o desenvolvimento que alcançaria esta pequena Sociedade benéfica, à qual Frederico se dedicaria, daí por diante, sem jamais poupar esforços.
Doutor em Direito (1836) e depois em Letras (1839), Ozanam inicia uma brilhante carreira universitária que o levará, em 1844, a tornar-se o titular da cátedra de Literatura Estrangeira na Universidade da Sorbona e a viver sem reservas a sua profunda vocação ao magistério.
Em 1841 casa-se com a jovem Amélie Soulacroix. Frederico Ozanam é, portanto, um homem profundamente inserido no seu tempo. Marido e pai, professor e literato, leigo comprometido, vive as diferentes dimensões da sua existência, com a mesma paixão e generosidade: vai pessoalmente aos bairros pobres de Paris e de outras cidades, promove a expansão das Conferências vicentinas no mundo, publica escritos históricos e literários, luta pela liberdade civil, política e religiosa, sofrendo pelos contrastes que dividem o mundo católico em facções políticas opostas, e tendo um coração cheio de ternura para com Amélie e Marie, sua filha. O seu caminho espiritual, sempre atormentado, conhece altos e baixos: Frederico julga não fazer o suficiente, e pede ao Senhor que o ajude a ser melhor, luta contra o orgulho até se esquecer do próprio valor.
Os primeiros sintomas do que seria uma grave infecção renal, confundida com uma enfermidade pulmonar, que o levaria lenta e dolorosamente a uma morte prematura, chegam-lhe de surpresa em 1846. Na tentativa de recuperar a saúde, Frederico passa algum tempo com a família na Itália, e é recebido em audiência por Pio IX. De retorno a Paris, Ozanam continua a dedicar-se, de corpo e alma, ao serviço dos seus alunos, ao jornal «Ere nouvelle», com o qual colaborou na sua fundação, aos pobres e aos trabalhadores.
A revolução de 1848 e o feroz debate no mundo político e católico só tornarão piores as suas condições de saúde. Em 1849, depois de ter sofrido um segundo ataque agudo do mal que o estava minando, Frederico começa a estar consciente do triste pressentimento. As suas actividades continuam de modo frenético. O seu anseio de conhecer e de participar leva-o a ignorar a dor física e, por vezes, até mesmo os conselhos dos médicos. Em Maio de 1853, de novo na Itália por motivo de saúde, a braços com a angústia de em breve ter que deixar os seus entes queridos, os sucessos profissionais e os debates políticos, mas pronto ao sacrifício, dirige-se a Deus: «Senhor, quero o que Tu queres, quero como o queres e por todo o tempo que o quiseres, quero-o porque Tu o queres».
Frederico Ozanam morreu na noite de 8 de Setembro de 1853, em Marselha, rodeado dos seus entes mais queridos, depois de uma agonia longa e dolorosa.
Este é o modelo de apóstolo leigo, erudito, empenhado e dedicado ao serviço dos mais pobres, que a Igreja apresenta a todos os fiéis, mas sobretudo aos jovens, durante a Missa presidida por João Paulo II, no dia 22 de Agosto, em Paris, na qual é beatificado Frederico Ozanam.
Digno de nota é o caso da cura milagrosa de uma criança brasileira, de apenas dezoito meses, afectada de uma grave forma de difteria, que nos primeiros dias de Fevereiro de 1926, em Nova Friburgo (RJ), obteve a graça por intercessão do Servo de Deus Frederico Ozanam. Esta cura foi reconhecida pela Junta médica da Congregação para as Causas dos Santos a 22 de Junho de 1995, e confirmada de modo unânime pelos Consultores teólogos, na reunião de 24 de Novembro do mesmo ano.

domingo, 14 de abril de 2013

Sociedade São Vicente de Paulo


O que é a Sociedade de São Vicente de Paulo?


Fundada em Paris por um grupo de jovens laicos em 1833, a Sociedade de São Vicente de Paulo, também conhecida como Conferências de São Vicente de Paulo, é uma organização católica, laica e de voluntários, de mulheres e homens, dedicada à ajuda pessoal aos que têm qualquer tipo de carências. A base do nosso trabalho é a interacção directa, cara a cara com as pessoas necessitadas, independentemente da sua origem ou crença. Visitamo-los no próprio local onde se encontrem, ou seja, na sua casa, num lar, num hospital, na rua, na cadeia ou donde seja, oferecendo a nossa amizade como base de todas as outras ajudas.

 As Conferências da Sociedade de São Vicente de Paulo, células base da Instituição, reúnem-se normalmente todas as semanas para tratar dos assuntos de ajuda aos pobres que lhes competem, de acordo com a sua zona de influência que é, habitualmente, o território de uma Paróquia. Vivem comunitariamente, em cada Conferência, uma vida espiritual rica.

 Existem, aproximadamente, 51.000 Conferências no mundo e mais de 700.000 membros. Aos membros, como ajuda para as obras abertas a distintas pobrezas (crianças, idosos, doentes, colégios, centros hospitalares, etc.) unem-se mais de 1.5000.000 voluntários cooperadores em todo o mundo, pois as Conferências estão estabelecidas em 142 países.



O que é o Conselho Geral da Sociedade de São Vicente de Paulo?

O Conselho Geral das Conferências de São Vicente é o representante máximo das mesmas a nível internacional. A sua sede central encontra-se em Paris, desde a sua fundação, em 1833. O seu trabalho consiste, fundamentalmente, em apoiar a vida das Conferências no mundo às quais, por exemplo, faz chegar, de acordo com os seus recursos, importantes ajudas para as obras que tutelam nos diferentes lugares do mundo, de acordo com o grau da necessidade. Serve de ligação entre os países mais pobres e os mais ricos nos quais se encontra representada, para apoiar a transferência de tecnologia, de ajudas económico-financeiras, etc. e certifica-se de que os fundos são utilizados de acordo com os programas autorizados de ajuda aos pobres. Dirige a administração central da Sociedade e é quem outorga a capacidade dos grupos que vão surgindo no mundo, para poderem ser considerados Conferências. Todos os seus componentes são voluntários e apenas mantém, no seu escritório central em Paris, um pequeno grupo (dez pessoas) de assalariados que asseguram a continuidade do serviço.