«Somos chamados ao trabalho desde a nossa criação. Ajudar "pessoas em situação de pobreza", deve ser sempre um remédio provisório. O verdadeiro objectivo deveria ser sempre consentir-lhes uma vida digna através do trabalho» Laudato Si: página 88.
quarta-feira, 28 de dezembro de 2016
Carta de Ozanam - 6 - A Ernesto Falconnet
Lião, 24 de Agosto 1830
(1) Esnesto Falconnet, nascido em 1815 e falecido em 1891, foi um magistrado e homem de letras com alguma notoriedade na sua época.
A carta que adiante se insere revela.nos, na sua primeira parte, uma faceta do temperamento de Ozanam porventura menos conhecida: o seu sentido de humor.
Ozanam, então com 17 anos, exprime-se nas primeiras linhas desse documento como um jovem descontraído e folgazão, que brinca amigavelmente com um seu parente e companheiro de trabalho, dois anos mais novo: Ernesto Falconnet. (1)
Dada a diferença de idades, Ozanam sente-se à vontade para aludir ao «ilustríssimo espírito» e ao «génio criador» do «muito alto e muito poderoso senhor» seu amigo à sua boa ou má disposição, à vantagem, à vantagem de se iniciar na investigação filosófica. E receita-lhe «coragem» para enfrentar os desafios da vida.
Mas os ditos espírito logo dão lugar a um estilo mais sério. Mostrando-se indeciso quando à carreira que terá a percorrer, o nosso Fundador refere: «quis ser advogado e sempre tive a intenção de cultivar as letras e a filosofia». E, efectivamente, dez mais tarde, ele já teria cumprido o seu doutoramento em Direito e em Letras; e ascenderia à situação de professor universitário.
Ao mesmo tempo, transparente da carta a atracção por assuntos pertinentes à história literária, por temas diversos sobre a Antiguidade e até - pasme-se! - pela aquisição de «alguns conhecimentos preliminares sobre a sânscrito».
No meio deste enciclopedismo, desta insaciável apetência pelos saberes, a confessada incerteza sobre o rumo a dar à sua vida. Isto em razão doas vicissitudes próprias dos tempos que decorriam e também pelo clima de guerra existente, que não propiciava tranquilidade de espírito nem um planeamento calma do futuro.
É de notar que Ozanam não repudia as contingências da condição militar - longe disso. Mas procura sublimá-las através do tempero da filosofia, da poesia, da própria religião. Esta «utopia» de Ozanam, acerca do desempenho das obrigações militares contém, observações cheias de interesse, reveladoras da forma como ele projectava todos os problemas e acontecimentos da sua vida num amplo quadro de referência, de matiz religiosa e cultural.
No final, Ozanam dirige ao seu amigo palavras de incitamento, no sentido da continuação do trabalho comum que ambos tinham entre mãos.
Em suma, trata-se de uma carta que, sem conter revelações sensacionais, deixa entrever alguns dados muito elucidativos sobre o carácter do jovem Ozanam, bem como sobre as suas preocupações espirituais e culturais.
(1) Esnesto Falconnet, nascido em 1815 e falecido em 1891, foi um magistrado e homem de letras com alguma notoriedade na sua época.
segunda-feira, 26 de dezembro de 2016
uma presença global
Desde sua criação em Paris em 1833 por um pequeno grupo de estudantes
liderado por Frédéric Ozanam, a Sociedade expandiu-se rapidamente pela Europa,
e em seguida para além do continente. De um grupo de estudantes, ela passou à
uma centena de membros em alguns meses, e as primeiras conferências foram
criadas fora da capital. Nos anos que se seguiram, a Sociedade vivenciou um
desenvolvimento rápido na Europa e depois no mundo inteiro. Em 1853, ano da
morte de Frédéric Ozanam, a SSVP estava presente em 29 países.
A SSVP em
números
Em seu aniversário de 180 anos, Ela conta com 148 conselhos em 140 países e
o seu número de membros é estimado em 800.000:
·
Europa: 7334 conferências em 30 países
·
Ásia: 7463 conferências em 24 países
·
América: 23377 conferências em 34 países
·
Oceânia: 1359 conferências em 9 países
·
África: 5104 conferências em 43 países
O Brasil conta sozinho com 17.166 conferências e 250.000 membros.
A implantação atual da Sociedade é reflexo de sua importante ação nos
países pobres.
·
Por 16,7%, em países onde ao menos 50% da população nacional vive abaixo da
linha de pobreza (Fontes da CIA World Factbook atualizada em 2012.)
·
Por 48,6%, em países onde a renda per capita está compreendida entre menos
de 1025 $ e 4035 $ por ano. (A título indicativo a média mundial do PIB per
capita por habitante se eleva à 8300 $ por ano.)
A Sociedade São Vicente de Paulo
continua sua expansão. Em 2012, 314 novas conferências foram
oficialmente agregadas pelo Conselho Geral da Confederação Internacional.
terça-feira, 13 de dezembro de 2016
Carta Ozanam 1830
Liao, 5 de junho de 1830
Meu caro Materne
Meu caro Materne
Muito obrigado pela tua carta e mais ainda pela confiança que me testemunhas. Acredito que não tenhas querido lisonjear-me, mas sob condição de, logo que tenhas querido lisonjear-me, mas sob condição de, logo que tenhas oportunidade, me comunicarem as tuas criticas judiciosas e me dares conhecimento dos estimáveis trabalhos que a tua modéstia deprecia em excesso e que mantens secretos.
De resto, as tuas observações finais levam-me a dar-te em seguida alguns pormenores biográficos sobre os anos que vivi até agora é alguns traços psicológicos sobre a minha pessoa. Sem esta oportunidade, eu talvez ainda demorasse a fazê-lo. Mas porquê tardar ainda a estreitar os laços de uma amizade que pode tornar-se tão bela e tão feliz?
Meu caro Materne, não são os agradáveis momentos passados contigo, não são as refeições de família ou as pequenas reuniões é de amigos que me censuro. Longe de mim este pensamento. Acredito como tu que uma distracção suficiente é uma necessidade e que os prazeres puros da amizade são bem permitidos pela lei de Deus.Sem esta oportunidade, eu talvez ainda demorasse a afazê-lo. Mas porquê tardar ainda a estreitar os laços de uma amizade que pode tornar-se tão bela e tão feliz?
Meu caro Materne, não são os agradáveis momentos passados contigo, não são as refeições de família ou as pequenas reuniões de amigos que me censuro. Longe de mim este pensamento. Acredito como tu que uma distracção suficiente é uma necessidade e que os prazeres puros da amizade são bem permitidos pela lei de Deus. Ainda mais, dir-te-ei, e sem dúvida já o sabes, que não me preocupo com os prazeres de alta roda; deste modo, o que a esse respeito disse nos meus versos deve ser tido como hiperbólico e ampliado pela imaginação: com efeito, tudo isso pode reduzir-se unicamente à ideia de que todos os prazeres com que deparei nunca me ofereceram uma verdadeira felicidade. Também é verdade que vi bastante gente pouco cristã e muito dada aos prazeres e que essas pessoas não eram felizes.
Eis tudo.Agora, vou dar-te a conhecer quem tenho sido até hoje. Lê até ao fim, pois é ai que vem o melhor. (1)
Disseram-me que, quando criança, era muito doce e muito dócil e isso é atribuído à fraqueza do meu temperamento, mas vejo ai uma outra causa. Eu tinha uma irmã, uma irmã muito amada que me ensinava juntamente com a minha Mãe e essas lições eram tão doces, tão bem ministradas, tão apropriadas à minha inteligência infantil que me davam verdadeiro prazer. Em suma, creio que então eu era bastante bom e, salvo alguns pequenos pecadilhos, não me censuro grande coisa em relação a esse tempo. Com sete anos, contraí uma grave doença. Todos julgaram reconhecer que só por milagre me salvei. Não que me faltassem cuidados. Os meus bons pais não deixaram a cabeceira da minha cama durante quinze dias e quinze noites. Sentia-me morrer, no meu delírio, pedi cerveja (N.B.: então gostava dela). E a cerveja salvou-me. Estava curado. Seis meses depois, minha irmã, a minha boa irmã, morreu. partilhei profundamente a dor comum. O Desgosto que eu tive!
Aprendi o latim e aprendendo-o, adquiri malícia. Na verdade, creio que nunca fui tão mau como na idade de 8 anos. No entanto, eram um bom pai, uma boa mãe, um bom irmão que continuavam a minha educação. Nesse tempo, ainda não tinha amigos fora da família. Tinha-me tornado irascível, teimoso, desobediente; se me puniam, reagia contra o castigo, escrevia cartas a minha mãe para me queixar. Era preguiçoso e lambareiro em grau supremo. E desde logo começaram a correr-me na cabeça todas as espécies de más ideias que em vão me esforçava por repelir. Eis o que eu era ao entrar no colégio, com nove anos e meio. Pouco a pouco, tornei-me melhor, a emulação eliminou a preguiça, gostava muito do meu professos, conheci o excelente Balloffet (2), tive sucessos que me encorajaram, estuda com ardor mas, ao mesmo tempo, começava a ter orgulho. Aliás, aconteceu-me trocar sopapos e disparates, etc., etc. Mas tinha mudado muito.
Foi mais ou menos do mesmo modo quando estive muito tempo doente e obrigado a passar um mês no campo, em casa de uma excelente senhora, onde adquiri muita delicadeza, que seguidamente se perdeu em grande parte.
Por vezes, desleixava-me um pouco, depois retomava coragem. Foi então que fiz a minha Primeira Comunhão. Dia de felicidade, possa a minha mão secar e a minha língua ficar presa ao céu da boca se alguma vez te esquecer! Tinha então mudado muito, tinha-me tornado modesto, doce, dócil e, infelizmente, tornei-me também um pouco escrupuloso.
Conheces pouco mais ou menos a minha vida após esta época, bastará dizer-te que, depois deste tempo, tornei-me talvez mais trabalhador e permaneci sofrivelmente orgulhoso e impaciente.
(2) Outro amigo de infância de Ozanam.
Mas é preciso que eu entre em alguns pormenores sobre um período penoso da minha vida, período penoso da minha vida, período que começou quando estava na Retórica e acabou no ano passado. à força de ouvir falar de incrédulos e de incredulidade, perguntei-me porque acreditava. Eu duvidava, meu caro amigo, mas no entanto queria acreditar, repelia a dúvida, lia todos os livros em que a religião era demonstrada e nenhum deles me satisfazia plenamente. Acreditava durante um ou dois meses na autoridade de tal argumentação; sobrevinha uma objecção ao meu espírito, ainda duvidava. Oh! Como eu sofria! Porque queria ser religioso. Espreitei Valla (3). Valla não me satisfez. A minha fé não era sólida e, no entanto preferia acreditar sem razão do que duvidar, porque isso atormentava-me muito.
Entrava na filosofia. A tese da certeza perturbou-me. Supus um instante poder duvidar da minha existência mas não o consegui. Decidi-me, por fim, a acreditar; pouco a pouco tudo se firmou e hoje creio na autoridade da ideia de causa.
Durante este tempo a minha imaginação trabalhava; pensamentos criminosos, licenciosos, acabrunhavam-me, contra minha vontade. Queria afugentá-los, mas ocupavam-me muito: o meu respeitável confessor diz que não me inquiete, mas ainda não o consigo, embora eles sejam hoje mais raros. Anima-me que estas ideia não sejam minhas, nem de mim. Pelos menos, é assim que me têm dito.
Devo no entanto reconhecer que a funesta paixão do amor nada pode ainda sobre o meu coração e que apenas conheço a amizade.De resto, creio que sempre tive bastante bom coração e amei os meus amigos, que tenho sido habitualmente compassivo para com os pobres, reconhecido para com as pessoas que me fazem bem e sempre sem rancor.
Eis o que fui, eis a seguir o que sou. Vou falar-te imparcialmente, dir-te-ei tudo, tento o mal como o bem.
Quando ao mal, reduzo-a a quatro pontos principais: orgulho, impaciência, fraqueza, meticulosidade.
O orgulho é tudo o que se lhe segue: amor dos elogios, dificuldades em reconhecer as minhas faltas, algumas vezes um pouco de altivez. quanto à impaciência, só se manifesta perante o pequeno irmão, que a excita muitas vezes.Quando digo fraqueza, significo respeito humano, pouca força para manter uma resolução tomada, etc e, quando digo escrúpulo, meticulosidade, quero referir-me às coisas
(2) Padre José Valla, autor de um manual de filosofia em uso na diocese de Lião.
espirituais e à exactidão dos escritos. Acrescenta a estes defeitos o de zombar um pouco facilmente do próximo e terás o meu lado mau.
Quando ao que em mim há de bom, aqui vai: o coração que não julgo perverso, a intenção que normalmente é excelente mas verga muitas vezes conforme as circunstâncias, a vontade de bem fazer que em geral me domina. Creio possuir as duas qualidades que fazem um bom francês, patriotismo e lealdade. Amo muito a minha pátria e tive sempre horror à duplicidade, sou bem fiel àqueles que amei, mas a frieza vinda de um amigo penetra-me a alma, sem no entanto me impedir de o amor sempre. Gosto que me dêem conselhos, mas quero-os amigáveis como os teus; gostaria deles ainda que mais severos. no entanto, quero conservar a minha liberdade e reservar-me o direito de aderir ou não a um conselho dado. Julgo-me agradecido e posso assegurar que guardo bem um segredo. De resto, atenho-me muito à religião, sem ser propriamente piedoso e isso faz que eu possa alguma vez ser ou parecer intolerante. Confesso que gosto do trabalho, mas deixo-me distrair facilmente. Em suma, creio que posso vir a ser ou um homem muito ruim ou um homem muito virtuoso; espero agora ter tomado alturas e ser toda a minha vida pelo menos um bom francês, um bom amigo, um bom cristão.
Eis aqui o teu homem, disse-te tudo, abri-te o meu coração, conheces-me inteiramente. Sabes agora se queres continuar a dar-me a tua amizade, quebrá-la ou estreitá.la mais. De qualquer modo, desejarei sempre permanecer e tornar-me cada vez mais teu amigo.
A. F. OZANAM
Se queres continuar a dar-me a tua amizade, peço-te o favor de não me poupares, de me dares bons conselhos e de nunca seres adulador: sê franco como eu o fui nesta carta, já que te dei o testemunho da minha consciência.
segunda-feira, 12 de dezembro de 2016
A fonte dos 400 Anos com S.Vicente Paulo
No dia 8 dezembro os vicentinos lembram o dia da Imaculada Conceição.
"MARIA - Renovai-vos nas fontes da alegria"
Podemos afirmar que começamos com força a celebração dos 400 Anos em que o nosso Patrono São Vicente de Paulo, com a fundação e o nascimento do carisma vicentino: "400 Anos da Congregação de Missão".
Apoiando-me num texto escrito das irmãs da caridade AIC, convida a todos voluntários vicentinos a renovar o seu compromisso de servir a Deus através do contrato: Maria de Nazaré com o seu "SIM", nas pessoas que vivem na pobreza.
Ser vicentino hoje, neste dias oferece com o seu trabalho, sair da sua área de conforto para entrar num outro mundo, o mundo de pessoas que vivem excluídas, em semi-pobreza ou mesmo pobreza, no mundo em que pessoas vivem nas periferias onde a sua dignidade é posto em causa.
Não importa tanto assim dizer; às pessoas o que queremos ou pensamos mas, antes de tudo visita-las e ouvi-las, sentir as suas prioridades de necessidades e depois coloca-las em reunião de confrades.
Eu, peço também neste Ano de Pastoral, em que sentimos uma sociedade civil doente, quase moribunda de males espirituais, peçamos todos a MARIA-renovemos interiormente e bebamos na fonte de alegria, com alegria, tentar sempre, sempre, sempre e deixemos o mundo cada vez melhor.
Para isso ser possível, continuemos a trabalhar na nossa missão; sem nos queixar uns dos outros, para termos coragem em aceitar um pobre "tal como ele é", que ele sinta que é bem recebido.
Tenhamos a coragem de aceita-los para que não aconteça como foi a São Bento José Labre, século XVIII, um mendigo que passava a sua vida a pedir esmolas de mosteiro em mosteiro, sacrificava-se a rezar horas às vezes seis horas, sem se queixar por uma almofada, um homem que queria pertencer a um mosteiro e era recusado a sua entrada mesmo até por muitos padres em dar acesso aos mosteiros, embora mais tarde alguns padre propusessem a ele outras formas de seguir o seu caminho.
Um Santo que sentiu que a sua vida era essa, mendigar. Chamavam-lhe o "Vagabundo de Deus" ou "Cigano de Cristo" .
consulte a história deste pedinte, aqui: S Bento José Labre
domingo, 11 de dezembro de 2016
São Cirilo uma comunidade de inserção
Ultimamente tenho escrito alguma coisa sobre a exclusão dos pobres de rua e dos desprotegidos da sociedade sem crer, encontrei uma comunidade para mim desconhecida o "Centro Comunitário São Cirilo-Porto", que de certa forma vai respondendo às minhas criticas que tenho lançado sobre outros responsáveis do seu desinteresse em abrir portas de certos monumentos fechados e no que diz respeito à falta de apoios.
Depois de falarmos sobre, do Albergue do Porto que recolhe pessoas com comida, roupa e cama lavada, existe a Centro São Cirilo no Porto, existe esta comunidade de inserção.
O Centro São Cirilo é uma comunidade de inserção criada pelos jesuítas no Porto que acolhe e (re)capacita pessoas e famílias estrangeiras e nacionais a passar por fase temporária de fragilidade social (pessoas despejadas das suas casas, em-abrigo que querem sair da rua e encontra trabalho, estrangeiros que perdem o emprego e sem retaguarda familiar de suporte, etc)
Desde a abertura oficial, a 4 de Janeiro de 2010, o Centro já . . .
- ajudou 5283 pessoas de 107 nacionalidades, sendo 2956 estrangeiras e 2327 nacionais;
- conseguiu 234 colocações em emprego.*
quinta-feira, 8 de dezembro de 2016
Cartas Ozanam 1827
1827
Querida Mamã
É ainda este escolar estourado que vem atormentar-vos com o seu latim. Preparado a vossa indulgência;vós habituados-o a crer que tudo o que ele faz em torno de vós pode ser-vos agradável.
Aliás, ele paga-vos na mesma moeda. É o único presente que a sua bolsa lhe permite oferecer-vos, recebei-o com os votos que vos dirige o vosso filho.
Aliás, ele paga-vos na mesma moeda. É o único presente que a sua bolsa lhe permite oferecer-vos, recebei-o com os votos que vos dirige o vosso filho.
FREDERICO OZANAM
quarta-feira, 7 de dezembro de 2016
Estatutos novos ou alterados na A.G.
Convinha reter a memória nos estatutos com alteração em Assembleia Geral e entrou em vigor em 7 junho 2016.
Estas alterações estão no Boletim Portugues de novembro, que vão para os Presidentes das conferências, espero que as mesmas sejam lidas em reunião de conferências porque todos tem que estar a par dos estatutos.
Não vou recordar todo texto só recordo dois requisitos básicos que acho importante nesta altura do lançamento dos quadros Estatísticos.
D. Requisito Básico
3-1 - Novo:
B.R. 3.1 Dissolução de uma Conferência ou um Conselho.
No caso de dissolução de uma Conferência ou de um Conselho, todas as dívidas e obrigações legalmente incorridas por e em nome da Conferência ou do Conselho devem ser totalmente pagas ou cumpridas para o próximo Conselho da sociedade acima deste. O dinheiro ou a propriedade restante e todos os arquivos e documentos devem ser passados imediatamente para o próximo Conselho.
H. Requisito Básico
19 - Novo:
Respeito ao desejo dos doadores: "As doações fornecidas pelos fiéis para um propósito específico somente podem ser usados para este mesmo propósito."
Notas breves:
No caso da primeira: - Qualquer Conferência/Conselho a dissolver-se todos os bens terão que ser entregues directamente ao órgão imediatamente a seguir.
« Portanto se alguma vez acontecer, "os párocos reivindicar para si (paróquia) os bens sejam dinheiros ou bens moveis", fica vedado pelos estatutos.
« No segundo caso: continua a ser o que até aqui tem sido feita mas ressalva-se essas obrigatoriedade. Os bens doados com fins específicos, doação por terceiros a favor de alguém deve ser considerados nesses fins especifico; Nas consignadas devem dar entrada e devem dar saída. As verbas devem contar nos quadros estatísticos.
Aliás, "eu entendo que todas as verbas que entre e que depois tenham saídas devem ser lançadas pois constará em termos estatísticos na SSVP.
Exemplo; colectas entram e depois saem, Se saem, devem constar como, quando e para quem.segunda-feira, 5 de dezembro de 2016
Os Pobres de ontem - uma comunidade hoje.
Ontem houve, amanhã haverá sempre pobres, mas, hoje
á muitas mais pessoas algumas delas idosas, pobres ou remediadas, que querem
arranjar um lar para passar os seus poucos dias de vida, (não sabemos quantos),
mas são pessoas como “nós que estamos a ler” e que “nos achamos uns sortudos”
- “ainda não chegou a nossa vez”
pensamos dizia eu, pessoas que esperam e desesperam por um lugar acolhedor dum
Lar, uma cama e roupa lavada, assistência medica, um banho quente, mas, também,
sabemos que não existem lares que cheguem para tantas pessoas, para tantos
doentes, para tantos idosos. Acho que fazemos cálculos em demasia. Ah, ainda
não chegou a minha vez… um dia chegará…
Alguns ou maioria dizem: “cabe ao Estado porque está
na Constituição Portuguesa cuidar dos pobres e dos doentes” … É
verdade, talvez, mas, não podemos estar agarrados ao Estado e quando estamos ficamos
prisioneiros da vontade do governo, falta-nos a liberdade de escolha. No caso
ao Estado as despesas são partilhadas por todos os portugueses no OGE. Talvez,
possamos pensar assim, ser uma comunidade nacional ter vontades na partilha o
que lhes é emprestado por Deus, talvez o mais digno, mas, digno é sermos um
todo quando temos vontade de fazer algo.
Dizem; eu também subscrevo; para isto é preciso
dinheiro!
A Espiritualidade Vicentina será só quando temos
dinheiro ou vontades?
Não é preciso a TV para nos
reportar as notícias, mas, “talvez façam bem, serve para denunciar” aí a
comunicação social tem um papel importante…
Continuamos a ver pessoas que vivem na rua, a qual
rotulamos de excluídos da sociedade, onde não têm sítios onde ter o mínimo de
higiene, tomar banho, ter uma toalha para se limpar, no mínimo não tem essas
possibilidades com algumas excepções.
São os puros excluídos da sociedade que foram empurrados,
outros por opção porque perdem a família, o emprego e mostram à sociedade em
geral na rua, que também são pessoas Eles mostram-se, mostram-se, mostram-se...
Eles deambulam pelas ruas das freguesias à procura de um quarto de banho, mas existe
exclusão nas nossas cidades onde não existem hoje os balneários públicos.
Em conjunto o que se pode fazer, para alterar apoiar
os pobres, os excluídos para que possam ser tratados com a dignidade de homens
e mulheres.
Entre várias possíveis respostas poderá passar por
aqui: - O Albergue Nocturno do Porto - A.N.P., tem nas suas mãos, a meta de alargar mais oferta
aos Pobres-excluídos. O objectivo é dar dignidade a quem mais precisa e melhorar o
conforto. O diretor da AANP- Associação dos Albergues Noturnos do Porto
sr. Miguel Neves, admite que seu sonho é que um dia deixe de haver
sem-abrigos na cidade.
As obras de fundo no edifício, que tiveram inicio em
Julho de 2015, e se estima que terminem
até ao final deste ano, vão permitir albergar um total de 75 sem-abrigos –
60 homens e 15 mulheres – com quartos servidos de aquecimento central, novas
instalações sanitárias e chão e paredes renovadas. Consulte aqui: Albergue Nocturno do Porto.
Miguel Neto diz que todos os donativos são
bem-vindos, “Podem ser 15 euros, que dão para compra lençóis, ou podem ser 200
euros que dá para comprar uma cama”, exemplifica aquele responsável. Que a
comparticipação da Segurança social não é suficiente para apoiar o aumento da
capacidade de alojamento, a partir de Janeiro do próximo ano.
Caros confrades, vicentinos, “TODOS”, mas todos temos a ganhar com a iniciativa da ANP e
proporia pensar; chegarmos à simples conclusão; se eu colaborar com o ANP,
estou indirectamente a resolver muitos problemas de pobres e excluídos que pedem
ajuda às nossas Conferências. Quem quiser pode fazer chegar com o seu donativo
da seguinte forma:
Monetário:
Ø Transferência bancária para
o IBAN: PT50.0007.0431.0002.4380.0038.8
cheque ou numerário.
Ø Consignação de IRS: Pode
consignar, sem qualquer encargos para o doador, 0,5% do IRS liquidado à nossa
Instituição, bastando para o efeito preencher o CAMPO 1101 DO QUADRO 11 NA
FOLHA DE ROSTO COM O NIF: 500.850.542
Uma razão para este apelo:
Não posso esquecer ainda sobre às dificuldades de justiça, recordo aqui e
agora, uma das muitas mensagens do Papa Francisco dirigida tempos atrás aos
religiosos e religiosas de Itália, numa 4ªfeira em Roma, a favor ainda dos
refugiados que entram em Itália: Caros irmãos religiosos e religiosas em
Cristo. Se algumas instituições religiosas tenham espaço, edifícios disponíveis
que possam por à disposição dos refugiados, dos pobres e dar guarida em vez de
transformar em hospedarias e/ou hotéis de luxo, seria estar ao serviço de Deus
através dos mais necessitados, era “Abrir as Portas à Misericórdia de Deus”.
Não
poderei deixar de fazer o desafio a todos os Vicentinos da Diocese do Porto. Este
ano, na quadra natalícia ou fora dela, não poderemos colaborar fisicamente e/ou
monetariamente com esta Instituição que tantos assistidos ajuda?
No Ano de 2017 a Congregação da Missão vai comemorar
os 400 Anos onde São Vicente de Paulo deu o seu primeiro passo em Folleville e
depois em Châtillon já como pároco se lança sem dinheiro, sem meios de
transporte próprio, a formar o que é hoje a Congregação da Missão, destinada a
evangelizar aldeias. Ele que foi convencido pelo seu pai a ir estudar para uma
instituição religiosa (porque naquele tempo não havia escolas publicas), a fim
de poder ter uma vida melhor mas, Deus trocou-lhe os passos e mostrou-lhe que a
sua vida melhor era, olhar pelos pobres. Assim foi.
Saibamos nós Vicentinos fazer render os nossos
talentos e mostrar que queremos ser como foi Pe. Américo, como foi nosso
Patrono São Vicente de Paulo, não tinha carro, foi à luta.
O nosso Papa Francisco recentemente fechou as Portas,
mas não disse que as Portas se fechariam de vez, pois ele continua aberto. “Com
Maria, Renovai-vos nas fontes da alegria”.
Tu. Vicentino pensa diferente!
Fernando Teixeira
Dezembro 2016
sexta-feira, 25 de novembro de 2016
Composição dos Membros do Conselho de Zona Gaia Norte
Direcção do Conselho
Presidente:
Fernando Maria Neves Teixeira;
Vice-Presidente: Arminda Jesus Leite
Marques;
Vice-Presidente Jovens: Susana Maria Mocetão Costa;
Secretária: Anabela Pereira Lima Chaves;
Tesoureiro:Miguel Joaquim Pinto Castro;
Vogal: Mimosa Rodrigues Guerra;
Vogal: Adília Sousa Miranda Pinto;
Assis Espiritual: Diác. Manuel Augusto Silva Maia.
Membros do Conselho
Presidentes com direito de voto.
Conferência Divino Salvador - Valadares; (pedido extinção)
01-Conferência Divino Salvador - Vilar de Andorinho;
Presidente: «Serafim Meira.»
02-Conferência Nª. Sª. da Hora - Madalena;
Presidente: «Maria Adelaide Dias Santos.»
03-Conferência Santa Eulália - Oliveira do Douro;
Presidente: «Jorge Manuel Moreira Ferreira.»
04-Conferência Santa Isabel - Candal;
Presidente: «Arminda Jesus Leite Marques.»
05-Conferência Santo André - Canidelo;
Presidente: «Pedro Miguel Branco Silva.»
06-Conferência Santo António - Valadares;
Presidente: «Maria Olímpia Barbosa.»
07-Conferência Santo Ovídio - Santo Ovídio;
Presidente: «José Carlos Soares Baptista.»
08-Conferência São Cristóvão de Mafamude;
Presidente: «Maria da Conceição da Silva
Pereira.»
09-Conferência São Gonçalo de Mafamude;
Presidente: «Maria da Glória do Espírito
Santo.»
10-Conferência São Francisco Assis - Avintes;
Presidente: «Ana Rita Ribeiro Vigário.»
11-Conferência São Martinho - Vilar do Paraíso;
Presidente: «Mimosa Rodrigues Guerra.»
12-Conferência São Pedro - Afurada;
Presidente: «Manuel Augusto Santos Ferreira Lapa.»
13-Conferência São Pedro - Avintes;
Presidente: «Licínio Tomás Moreira Santos.»
Conferência São Tiago - Oliveira do Douro; (fusão com St.ª Eulália)
segunda-feira, 24 de outubro de 2016
CARTA DE OZANAM - 19-07-1853
Antignano, 19 de Julho de 1853
Meu Reverendo Padre e querido Amigo
É preciso que, de futuro,
permitais que vos atribua estes dois títulos. Por um lado, não posso abstrair
do respeito que toda a Itália vos dedica e de que vos vi rodeado nesta boa
cidade de Siena. Ao mesmo tempo, como não sentiria a mais doce amizade, o mais
vivo reconhecimento por todas as bondades de que acabais de cumular-me, bem
como aos meus? Como fazeis? Que largueza de coração, que presença
de espírito Deus vos concedeu e qual é o vosso segredo para
multiplicar o tempo? Tendes o triplo encargo dos surdos-mudos de toda a
Toscana, de uma das maiores escolas italianas, o colégio Tolomei, de uma
cadeira na Universidade: sois o Padre de Siena e não há um canto de rua, uma
porta, onde não tenhamos encontrado algum dos vossos protegidos. Enfim,
ocupai-vos de toda a gente e no entanto eis que chegamos, cinco estrangeiros
caem sobre vós e durante quatro dias apenas viveis para nós; sois a nossa
providência. Formamos um cortejo lastimoso; trazemos connosco mulher, doente,
criança; cada um encontra aquilo de que precisa perfeitamente previsto e
preparado: alojamento, alimentação, distracção, edificação, a parte da alma, a
parte do corpo, o necessário e o agradável. Enfim, apenas temos que nos deixar
viver nesta bem-aventurada Siena, onde se narra que tantos santos foram
servidos pelos anjos. Nós não somos santos; mas, por certo, um bom anjo nos
serviu. Finalmente, partimos carregados de presentes e de lembranças: eu, com o
vosso belo Elogio de novo publicado e o vosso volume da Língua lombarda e
sobretudo o vosso retrato: Amélia, com Santa Catarina e a pequena Maria com
tantas coisas que mais valeria transportar o Palácio da comuna.
Pois bem, meu reverendo
Padre, tudo que fizeste pela minha pequena família e por mim próprio
sensibiliza-me menos do que a esperança que me destes em relação a S. Vicente
de Paulo. Esta querida Sociedade é também a minha família. Foi ela, depois de
Deus, que me conservou na fé, quando deixei os meus bons e piedosos pais. Amo-a
e estou-lhe ligado pelo mais profundo do coração: fiquei radiante por ver a boa
semente germinar nesta terra da Toscana.
Mas, sobretudo, vi-a fazer
tanto bem, sustentar na virtude um tão grande número de jovens, acender num
mais pequeno número um zelo tão maravilhoso! Temos conferências em Québec e no
México. Temo-las em Jerusalém. Temos também, seguramente, uma conferência no
paraíso, pois mais de um milhar dos nossos, durante estes vinte anos da nossa
existência, tomaram o caminho de uma vida melhor. Portanto como deixar de ter
uma conferência em Siena, a que se chamava a ante-câmara do paraíso? Na cidade
da Virgem santa, como não veríamos o êxito de uma obra que tem a Virgem santa
como principal padroeira? E, sobretudo, como não teríamos êxito no colégio Tolomei,
onde nossa jovem iniciativa crescerá sob a vossa mão, discretamente, sem os
inconvenientes de uma publicidade precoce?
Tendes crianças ricas, Oh,
meu padre, a lição útil para fortificar estes corações amolecidos será o
benéfico espetáculo de lhes mostrar os pobres, de lhes mostrar Nosso Senhor
Jesus Cristo não somente nas imagens pintadas pelos grandes mestres, ou sobre
altares brilhantes de ouro e de luz, mas mostrar-lhes Jesus Cristo e as suas
chagas na pessoa dos pobres. Muitas vezes falamos da fraqueza, da frivolidade,
da nulidade dos homens, mesmo cristão, na nobreza de França e da Itália. Mas
estou certo de que eles são assim porque uma coisa faltou à sua educação; há
uma coisa que não lhes foi ensinada, uma coisa que apenas conhecem de nome e
que é preciso ter visto suportar aos outros, para aprender a sofrê-la quando
ela vier, cedo ou tarde. Esta coisa é a dor, é a privação, é a necessidade. É
preciso que estes jovens senhores saibam o que é a fome, a sede, a indigência
de umas águas-furtadas. É preciso que ele vejam miseráveis, crianças doentes,
crianças a chorar. É preciso que as vejam e que as amem. Ou este quadro
provocará algum sobressalto no seu coração, ou esta geração está perdida. Mas
nunca se deve acreditar na morte de uma jovem alma cristã. Ela não está morta,
mas dorme.
Meu caro e respeitável amigo, envio-vos com o Boletim da sociedade de S.
Vicente de Paulo uma excelente instrução sobre a formação das conferências nas
casas de educação. Certamente, a vossa experiência não tem necessidade de ser
esclarecida e podereis adaptar o nosso pequeno trabalho à vossa grande casa,
sem deixar de nos estar unido e de fazer lucrar aos vossos alunos as ricas
indulgências concedidas à Sociedade de S. Vicente de Paulo. Em breve os vossos
melhores jovens, divididos em pequenas esquadras de três ou quatro acompanhados
de um professor, irão subir a escada do indigente; vê-lo-eis regressar ao mesmo
tempo tristes e felizes; tristes por causa de mal que terão visto, felizes por
algum bem que terão praticado. Alguns irão conduzir-se talvez friamente, sem
inteligência; mas outros hão-se exaltar-se com um entusiasmo que transportarão às
cidades onde não existem conferências, ou então irão reanimar as conferências
mais antigas de Florença, de Génova, de Milão, de Roma; e de todas as suas boas
ações, uma parte virá acrescentar-se à coroa de Deus prepara para o Padre
Pendola, mas que Ele concederá, assim o espero, o mais tarde possível.
Apercebo-me de que renovo o provérbio francês: «Gros-Jean veut prêcher
son curé» (1). Não, meu
Padre, não estou a pregar-vos; é o vosso exemplo, é a vossa caridade que me prega,
que me aconselha a ter confiança em vós e a colocar esta obra nas vossas mãos.
( (1) Big John quer que o seu pastor pregar.
domingo, 23 de outubro de 2016
CARTAS DE OZANAM - 24-06-1819 e 17-01-1820
"Informação prévia do"
«Conselho de Zona Gaia Norte»
Estou a ter oportunidade de poder ler as Cartas de Ozanam, pela informação serão 90 documentos dos 1335 cartas do espólio deixadas escritas mas só darei a conhecer pelo autor do livro 30 documentos.. Pela informação obtida as cartas de Ozanam, foram publicadas nos Boletins da S.S.V.P. em meados de Abril 1989 pelo então o Conselho Central masculino do Porto.
O tempo passa, 27 anos percorridos, como eu as cartas serão desconhecidas da maior parte dos vicentinos pelo menos os mais novos, entendemos voltar a publica-las, com um intervalo de máximo 8 dias, percorrendo num total de 24 semanas, esperando que os caros visitantes e vicentinos passem a ser uns fieis leitores.
Sumário das Cartas: Tem as datas seguidas, a primeira; a seu pai em Lião, 24 de Junho de 1819 e Lião, 17 de Janeiro de 1820.
Hoje só publicarei duas cartas, curtas dado ao extenso das explicações prévias, depois serão publicadas as cartas sem comentários.
Cabe aqui realçar autor da obra escrita: - Diogo Castelbranco de Paiva Brandão, Lisboa 1996, tendo em conta o interesse e a actualidade dos assuntos versados que determinou as escolhas das leituras:
a) delineamento do perfil psicológico do autor e traços dominantes de personalidade;
b) conhecimento de factos, acontecimentos da vida pessoal e familiar;
c) esclarecimento de factos, acontecimentos e personagens ligadas à criação da Conferência da Caridade e à fundação da Sociedade São Vicente de Paulo.
d) registo das impressões deixadas em Ozanam pelos factos e acontecimentos anteriores referidos, personalidades e ainda pelos sucessos da vida social, política, universitária, religiosa, etc., que foi testemunha ou em que participou.
António Frederico Ozanam
Retrato de juventude
«CARTAS DE OZANAM»
Lião, 24 de Junho de 1819
Querido Papá
Uma vez que o Frederico começa a rabiscar, ele quer usar as propícias da sua caneta para festejar o seu paizinho, por ocasião do São João; no ano passado o vento levou a saudação que te dirigi, mas desta vez este papel metido na tua pasta não há-de voar e dir-te-á para sempre que o teu Frederico ama-te de todo o seu coração.
FREDERICO OZANAM
Lião, 17 de Janeiro de 1820
Querido Papá
Desejaria que o dia de Santo António fosse um dia de prazer, visto ser a tua festa, não sei como fazer para bem a celebrar, apenas posso dar-te muitos beijos e repetir milhares de vezes: desejo-te uma boa festa; rezarei a Santo António, que de algum modo é um dos meus amigos, visto que é meu patrono, para que peça a Deus que te conserve uma longa vida, uma boa saúde e sou com respeito o teu respeitoso filho.
FREDERICO OZANAM
sexta-feira, 30 de setembro de 2016
Família Vicentina no Mundo
A Família Vicentina incorporam todas as associações fundadas por
São Vicente de Paulo e constituem-se por vários irmãos e irmãs que se dedicam à
Caridade
Da Família Vicentina está espalhado pelo mundo, à volta de 900
membros em 135 países por 5 continentes.
Só em Portugal, existem 11.000 vicentinos.
Em Portugal a 1ª Conferência foi no ano (1859).
A Família Vicentina
Senhoras da Caridade (1617). - Hoje são conhecidas com AIC Associação Internacional de
Caridade,
Congregação da Missão (1617) - Surge a 25 de janeiro a Congregação da Missão ou chamada de "Lazaristas".
É uma comunidade de padres e irmãos mais
4 mil distribuídos a servir em 86 países. A Congregação foi oficialmente aprovada em 17 de Abril de (1625).
Filhas da Caridade (1633) criadas por S.V.P. e por Luisa de
Marillac. São formadas por 19.900 mulheres em 91 paises.
Irmãs da Caridade (1809). St. Elizabeth Ann Seton foi a sua fundadora. Hoje existem 4 mil
membros em 13 congregações em EUA e Canadá.
Sociedade de São Vicente de Paulo (1833). - Seu fundador foi Beato Frederico
Ozanam (1813 a 1853)
Associação da Medalha Milagrosa (1847). - Está ligada ao aparecimento a uma das
Irmãs da Caridade à humilde noviça Santa Catarina Labouré.
Juventude Mariana Vicentina (1847). - Surge por influência das apararições
de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa de St. Catherine Labouré
Leigos Missionários Vicentinos (1999). - Associação mais novo da Família
vicentina surgindo com o objectivo; formar, facilitar, apoiar e coordenar a
presença missionária e trabalho dos leigos na missão da Família Vicentina.
terça-feira, 27 de setembro de 2016
Você, quer ser Vicentino?
'Quer vestir a camisa vicentina? Saiba, no entanto, para vestir a camisa vicentina você precisa antes vestir a missão de Jesus que é a de amar os pobres com respeito e lhes garantir a dignidade. Você precisa vestir a camisa da humildade para pedir pelos pobres, como São Vicente de Paulo. Em uma das biografias de São Vicente de Paulo, há o relato que ele vivia nas ruas pedindo ajuda para os pobres. Certa ocasião, passou por ele uma comitiva e um dos nobres cuspiu em seu rosto. Em resposta à atitude de repúdio do nobre, com a mesma mansidão, São Vicente de Paulo disse: "O que eu merecia você já me deu. Agora dê o que os pobres merecem." Ser vicentino é assim! É levar muito não e tapas na cara por seguir Jesus e por se fazer sua vontade: interceder pelos pobres. Ser vicentino é vestir a camisa da boa vontade e querer "abraçar o mundo em uma rede de caridade", como bem disse e fez Antoine Frédéric Ozanam, o fundador da Sociedade São Vicente de Paulo. Vista a camisa vicentina, mas não por modismo ou para promoção própria e por vaidades. Vestir a camisa é se colocar a serviço de Jesus em favor dos pobres e dos esquecidos. Vista hoje a camisa vicentina. Amanhã poderá ser muito longe para você reconhecer que o pobre precisa da sua ajuda hoje.Num mundo que cada vez mais se polariza entre ricos e pobres,ser vicentino é estar sempre ao lado dos pobres. Não basta somente ter pena, ter dó dos pobres, mas sim, ser solidário com eles e sentir-se o pobre como parte da gente. É colocar-se no lugar deles! Com a caridade vc exercita a compaixão e a gratidão.'
segunda-feira, 19 de setembro de 2016
A B C - Vicentino
PARA TI ... QUE SÓ AGORA ENTRASTE EM CONTACTO
A minha antecessora, Sr.ª D. Maria
Angélica Corte-Real,
teve a feliz ideia de um dia preparar um pequeno opúsculo que servia para todos aqueles que não conhecem a SSVP, não conhecem o trabalho que se faz e como se faz numa Conferência (célula base da nossa Sociedade) nos passarem a conhecer e, como tal, a amar o trabalho que fazemos a juntarem-se a nós neste mundo, por vezes tão adverso, em que vivemos e que tanta necessidade tem de amor.
teve a feliz ideia de um dia preparar um pequeno opúsculo que servia para todos aqueles que não conhecem a SSVP, não conhecem o trabalho que se faz e como se faz numa Conferência (célula base da nossa Sociedade) nos passarem a conhecer e, como tal, a amar o trabalho que fazemos a juntarem-se a nós neste mundo, por vezes tão adverso, em que vivemos e que tanta necessidade tem de amor.
Espero
que a experiência nos ajude agora a tornar esta 3.ª edição ainda mais simples e
com um incentivo que mostre bem o retrato do que estamos a fazer e como o
fazemos.
Esperamos que entendamos que, no mundo actual, já não é possível fazer o trabalho da forma como o fazíamos, como quando nascemos há 168 anos. Algumas das misérias d eentão repetem-se nos nossos dias, mas há muitas outras que foram aparecendo e se generalizando. A solidão é uma das maiores e aí nós podemos dizer presente e mitigá-la. A toxicodependência e todas as misérias que a acompanham não nos podem ser indiferentes. A tristeza dos sem abrigo, dos doentes sem visita nos hospitais, dos idosos isolados em lares, dos presos sem visita e ...
Em todos
os lugares onde houver um carenciado aí deve estar presente um vicentino. Que
Deus nos ajude a sermos capazes de deixar os nossos egoísmos e preconceitos e
darmo-nos com amor ao próximo.
Manuel Torres da Silva
Presidente do Conselho Nacional.
"2001"
SOCIEDADE
DE SÃO VICENTE DE PAULO
EVOLUÇÃO
NO MUNDO
1833 –
1.ª Conferência (Saint-Ètiene
du Mont)
em Paris
1834 –
Elaboração da 1.ª Regra
1841 –
Fundam-se 25 Conferências em Paris
e
30 no resto de França
1842 – A
S.S.V.P. entra em Itália
1843 – A
S.S.V.P. entra na Bélgica, Escócia e
Irlanda
1844 – A
S.S.V.P. entra em Inglaterra
1845 – A
S.S.V.P. chega aos E.U.A. e México
1846 – A
S.S.V.P. chega à Alemanha, Países Baixos, Suécia e Turquia
1847 – A
S.S.V.P. entra na Suíça e Canadá
1850 – A
S.S.V.P. entra na Áustria e Espanha
1856 –
Surge a 1.ª Conferência Feminina em Bolonha, fundada por Celestina Scarabelli
SOCIEDADE
DE SÃO VICENTE DE PAULO
EVOLUÇÃO
EM PORTUGAL
1859 – A
S.S.V.P. entra em PORTUGAL pela mão
de Padre Sena de Freitas, Padre
Miel, Conde de Aljezur e outros e
funda-se a primeira
Conferência
em Lisboa
1875 – É
fundada a 2.ª Conferência, no Funchal
1877 - É fundada a 3.ª Conferência, em Braga
1879 – É
fundada a 4.ª Conferência, no Porto
1887 – É
fundada a 1.ª Conferência Feminina, no Porto
1908 – É
fundada o Conselho Superior Masculino Português
e, posteriormente, funda-se o Conselho
Superior Feminino Português.
1976 – É
fundada o Conselho Nacional de Portugal, que
resultou da fusão dos Conselhos Superiores
Masculino e Feminino Portugueses.
A
ESPIRITUALIDADE VICENTINA É:
A espiritualidade cristã revelada por Cristo como
evangelizador dos pobres. É a espiritualidade cristã vivida por São Vicente de
Paulo que nos faz entender e conhecer o «Cristo Vicentino», aquele Cristo que
«caminhou e trabalhou como nós», Aquele Cristo sem ceptro e sem coroa, que não
está sentado sobre o globo, que suportou o peso da cruz de todos os que sofrem,
de todos que pecam, de todos que são pobres… e ressuscitou para nos oferecer a
Esperança.
Espiritualidade vicentina é a espiritualidade que levou
Ozanam a criar as Conferências de São Vicente de Paulo que colocam
cristão-leigos em permanente disponibilidade para aliviar o sofrimento e a
pobreza, despertando a vocação e missão da Sociedade de São vicente de Paulo.
AMAR E SERVIR A DEUS,
AMANDO E SERVINDO DIRECTAMENTE OS POBRES.
ERA UMA VEZ …
O jovem António Frederico Ozanam, aos 18 anos (1831),
deixou Lyon para frequentar em Paris a Universidade (primeiro Direito e depois
Letras, cursos em que, após as licenciaturas, veio a doutorar-se). Ficou
dolorosa e profundamente impressionado pelo clima anticristão, anticlerical e
anti Igreja que encontrou, especialmente no meio académico da Sorbonne, quer
entre os alunos, quer entre os professores.
Reagiu e protestou sempre aos ataques à Igreja o jovem
Ozanam, tendo marcado a sua posição de católico firme, de visão verdadeiramente
profética, tendo escrito, aos 18 anos, um artigo notável sobre a doutrina de
Saint-Simon (filósofo francês).
Desde então, como
escritor, historiador, jurista, político, jornalista e professos de Direito ou
de Letras, centrou as suas atividades e estudos em temas religiosos, sempre no
propósito de demonstrar o papel relevante, único mesmo, da Igreja de Cristo na
civilização humana.
Várias foram, aliás, as
experiências tentadas por Ozanam com esse propósito, nomeadamente nas
«Conferências de História», concluindo que todas estas se reduzem sempre a
teóricas e estéreis polémicas.
A publicação do artigo
«Palavras de um crente», da autoria de Lamennais, provocou acesas polémica nas
«Conferências de História», originando a conhecida pergunta – desafio então
lançado aos seus componentes: «Sem dúvida que a Igreja Católica tem tido uma
acção relevante ao longo da história dos homens, mas hoje ONDE ESTÃO AS PROVAS DA VOSSA FÉ? …», AO QUE Ozanam respondeu, por
sugestão de alguns dos seus amigos e companheiros: «Pois vamos aos pobres, como Nosso Senhor Jesus Cristo, pregar junto
deles o Evangelho». Ozanam concluía que era necessário agir, como o próprio
Cristo que Se tornou homem, aceitou ser ofendido, humilhado e torturado até à
cruz, para que entendêssemos que é preciso amar e servir todo o Próximo como
Ele serviu e amou.
Apenas se poderá
testemunhar o nosso AMOR A DEUS E PROVAR A NOSSA FÉ, de forma expressiva e
conveniente e, através da oração, da transformação em atos dos princípios de
justiça e caridade, de igualdade e fraternidade.
Humildes como os doze
Apóstolos, longe estavam Bailly, Letaillandier, Lallier, Clávé, Devaux, Lamache
e Ozanam de aperceber-se da universalidade da mensagem que em suas almas fora
gerada. E assim se funda, em abril de 1833, a primeira «Conferência».
Desde o início e por
iniciativa de Ozanam, a nova Sociedade foi colocada sob a dupla proteção de San
Vicente de Paulo (de quem tomou o nome) e da Virgem Maria.
COM HUMILDADE E ESPÍRITO
DE POBREZA, JUVENTUDE E ALEGRIA;
CRIATIVIDADE, DINAMISMO
E OUSADIA CENTRANDO
A SUA AÇÃO NA TRADICIONAL VISITA DOMICILIÁRIA;
NUNCA ESQUECENDO QUE A
SEU LADO
PODE ESTAR O «SEU PRÓXIMO»
(AQUELE QUE MAIS PRECISA DE NÓS).
ORGANIGRAMA
DA SOCIEDADE SÃO VICENTE DE PAULO
A AÇÃO DA SOCIEDADE
DE SÃO VICENTE DE PAULO (S.S.V.P.)
Desde a simples oferta
de «umas achas de lenha» - oferta inicial de Ozanam às famílias que primeiro
visitou em Paris – às ofertas de roupa, livros, medicamentos, ajuda na procura
de empregos e internamentos, visitas a lares, hospitais, cadeias, ou à fundação
das chamadas «obras especiais» (obras de ação especializada e individualizada:
lares de 3.ª idade; centros de dia; slas de estudo; cantinas; lares para
jovens; creches; infantários; jardins de infância; colónias de férias; etc), a
ação vicentina procura ser a resposta opurtuna para cada situação de sofrimento
ou pobreza que a detecta – resposta mais ou menos imediata, ou de simples
encaminhamento das situações mais difíceis para as vias possíveis de resolução,
inquietando consciências indiferentes, apesar de responsáveis, mas com
possibilidade de resposta à situações de pobreza e sofrimento.
A ação vicentina
preocupa-se com a promoção do homem na sociedade através de um sentimento de
afeto e respeito pela dignidade de cada pessoa, da oferta de amor, a que todos
têm direito, da compreensão e recetividade a uma confidência ou a um desabafo,
um conselho com uma palavra amiga, um olhar carinhoso, motivos de fé e de
esperança.
A S.S.V.P. CARATERIZA-SE PELA SUA ESTRUTURA
PRÓPRIA *
«CONFERÊNCIA»
Célula-base de toda a vida da S.S.V.P.
CONFERÊNCIAS – Unidade de base da sua ação direta, como escola, formação, santificação e
centro programador da ação perante os casos de pobreza detetados e analisados.
- Grupos de pessoas animadas por um espírito de fraternidade e simplicidade
cristã que, fazendo parte de um movimento católico internacional, terão sempre
presente a Regra da S.S.V.P.
- O objetivo das suas reuniões sará a santificação dos seus membros, sendo
a assistência material o seu fim secundário, tendo sempre presente o espírito
de justiça e caridade cristãs.
Como funcionam?
Num espírito de verdade
fraternidade, tendo como finalidade o aprofundamento do amor ao próximo,
seguindo em tudo a Regra da S.S.V.P., para que haja uma verdadeira unidade
entre todas as Conferências, em qualquer lugar do mundo em que se encontrem.
Ordem das Reuniões
- Oração da Regra
- Leitura Espiritual; comentário
- Leitura da ata da reunião anterior e feitura da ata do dia
- Partilha das experiências semanais das visitas domiciliárias, da ação
evangelizadora, junto das famílias visitadas.
- Coleta (secreta)
- Oração final.
DEVERES
VISITA DOMICILIÁRIA – É o serviço especial e direto, por ser a mais rica e mais completa forma
de relação pessoal e é considerado o processo tradiocional da atuação
Vicentina. Permite acompanhar junto dos assistidos a evolução da pobreza na
humanidade.
- Devem os Vicentinos (membros
da Conferência) em tudo estar ligados aos seus Conselho Particulares e
centrais, para que a S.S.V.P., seja una, só assim se compreende a inter-ajuda e
a inter-partilha de experiências;
- Deve existir um verdadeiro
espírito de amor, tendo sempre presente que a caridade começa para com aquele
que estrá ao nosso lado;
- Devem relatar (através de
relatórios, quadros estatísticos, etc) para os seus Conselhos Particulares (hoje
Zona) e Conselhos Centrais todas as experiências relevantes;
- Devem participar em todas as
reuniões e assembleias propostas pelos Conselho de que dependem.
CONSELHOS
- Coordenam, orientam,
dinamizam, estruturam, informam e formam a S.S.V.P., a cada nível.
OBRAS ESPECIAIS
- Fundadas, Geridas e mantidas pela S.S.V.P., que têm vida própria, tal
como infantários, creches, lares e centros de dia, roupeiros, cantinas, casas
de trabalho, etc., etc.
*- O suporte jurídico da S.S.V.P. em Portugal é assegurado pelas
Associações das Obras Assistências e das Obras Sociais.
ANTÓNIO FREDERICO OZANAM – FUNDADOR
1813 – 23 de Abril, em Milão,
então sob domínio francês, nascia António Frederico Ozanam, filho do médico
João António Ozanam e de Maria Dantas;
1816 – A família
transferiu-se para Lyon, onde Frederico Ozanam fez os seus estudos no Colégio
Real;
1831 – Foi para Paris por
desejo de seu pai, estudou direito;
1833 – 23 Abril. Fundou a S.S.V.P.,
formando a 1.ª Conferência da Caridade;
1836 – Doutorou-se em
direito;
1839 – Doutorou-se em Letras
(além do Francês dominou Inglês, Alemão, Italiano e Espanhol. Quis também
estudar hebraico e sânscrito);
1840 – Nomeado professor na
Sorbonne (Paris);
1841 – Casou com Amélia
Soulacroix (do casamento nasceu uma filha: Maria);
1853 – Faleceu a 8 de
Setembro, em Marselha;
1925 – Em 25 de Março foi
iniciado o processo da sua Beatificação;
1993 – Em 6 de Julho é
proclamado «Venerável»;
1996 – Em 25 de Junho o Papa
João Paulo II assina o Decreto de Beatificação;
1997 – Em 22 de Agosto
beatificação, em Paris, por sua Santidade.
PENSAMENTO DE OZANAM
Para que todo o apostolado seja abençoado pelo Senhor
uma coisa é necessária: as obras de beneficência. A bênção do pobre é a bênção
de Deus.
Aprendamos, na nossa visita ao pobre, que ganhamos
mais com esta do que com ele, porque a presença da sua miséria servirá para nos
tornarmos melhores.
A filantropia é uma mulher vaidosa que considera as
boas ações como uma espécie de adorno e que gosta de rever-se ao espelho.
A caridade é uma mãe carinhosa que tem os olhos
cravados no filho que leva ao seio, que não pensa em si e esquece a sua beleza
pelo seu amor.
Não é uma frágil o que necessitamos para nos servir de
apoio na nossa jornada terrena. Serão antes duas asas, dessas que os anjos têm:
A Fé e a Caridade.
Não vejamos nos nossos triunfos um fim, aceitemo-los
apenas como um motivo de estímulo.
SÃO VICENTE DE PAULO – PATRONO
A 24 de abril de 1581, em Pony, (hoje Saint-Vicent-de-Paul) na França, nascia
Vicente de Paulo, filho de modestos lavradores;
Estudou Teologia em Toulouse e foi ordenado padre em
1600 a 23 Setembro com 19 anos, obtendo diploma a Outubro 1604;
Viveu em Paris, foi preso e levado por piratas para
África, onde foi vendido como escravo, acabando o seu cativeiro com a conversão
do seu senhor, calvinista convertido;
Em 1612 é nomeado pároco de Clichy em París. Foi Capelão da Corte, assistindo a Luís XIII no seu
leito de morte, tendo sido preceptor da família dos Gondi;
Em 1643, fez parte do Conselho de Consciências;
Fundou em:
1617 a 25 Janeiro as Congregação da Missão ou "Lazaristas";
1617 a 23 Agosto as Confrarias da Caridade, cujo as associadas tomaram nome de "Servas dos Pobres" de certa modo gérmen das conferências Vicentinas e reconhecidas em novembro pelo bispo de Lião.
1617 a 23 Agosto as Confrarias da Caridade, cujo as associadas tomaram nome de "Servas dos Pobres" de certa modo gérmen das conferências Vicentinas e reconhecidas em novembro pelo bispo de Lião.
As Senhoras da Caridade hoje conhecidas como AIC .Associação Internacional da Caridade;
1625 a 17 Abril tem aprovação oficial a Congregação da Missão;
1633 23 Agosto a Congregação das "Filhas da Caridade", cujas raparigas recebem formação de Santa Luisa de Marillac (1591-1660);
1633 23 Agosto a Congregação das "Filhas da Caridade", cujas raparigas recebem formação de Santa Luisa de Marillac (1591-1660);
1638 a Obra das crianças abandonadas (por isso o
representam com uma criança);
1646 a Congregação "Filhas da Caridade", torna-se oficial pelo arcebispo de Paris;
1646 a Congregação "Filhas da Caridade", torna-se oficial pelo arcebispo de Paris;
1654 o Hospital do Santo Nome de Jesus em Paris;
1660 morre no dia 27 de Setembro;
1737 em Roma é reconhecida a sua Santidade;
1855 o Papa Leão XIII declara São Vicente de Paulo Patrono
de todas as Obras de Caridade.
PENSAMENTOS DE SÃO VICENTE DE PAULO
Vendo um dia a qualidade de víveres levados a uma
família necessitada, São Vicente de Paulo disse: eis uma grande caridade, porém
mal regrada. Estes pobres doentes, tendo tantas provisões ao mesmo tempo,
deixarão muita coisa perde-se e depois disto cairão na mesma necessidade.
A caridade não pode ficar ociosa, impele-nos a
procurar a salvação e o bem-estar dos outros.
Vou tratar destes pobres, para honrar neles a
sabedoria incriada de um Deus que quis passar por um louco.
Será permitido deixar de fome um pobre homem porque é
de outra religião? Sará precioso abjurar (renunciar uma religião), para comer.
O cristianismo não consiste em palavras e em
exterioridades, mas nos factos e nos corações.
A simplicidade não nos obriga a descobrir todos os
nossos pensamentos; porque esta virtude nunca foi contrária à prudência. Nunca
se devem dizer aos coisas que se sabem, quando são contra Deus ou contra o
próximo.
SOCIEDADE DE SÃO VICENTE DE PAULO
- NO MUNDO -
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