«Somos chamados ao trabalho desde a nossa criação. Ajudar "pessoas em situação de pobreza", deve ser sempre um remédio provisório. O verdadeiro objectivo deveria ser sempre consentir-lhes uma vida digna através do trabalho» Laudato Si: página 88.

terça-feira, 21 de novembro de 2017

EMPATIA ENTRE O PIANO E O VIOLINO

Existe uma empatia entre o piano e o violino, pois ambos são instrumentos musicais que tem o objectivo de produzir musica.
Ora a empatia significa a capacidade psicológica para sentir o que outra pessoa sentiria, procuram ajudar uns aos outros, podemos dizer que o ser simpático é ter afinidades identificando-se com o próximo. colocar-se no lugar do outro.
Então podemos dizer, do mesmo modo se o piano e o violino se identificam pelos sons que produzem um vicentino pode saber tocar esses acordes musicais da mesma forma na sua missão de serviço.
Ora um vicentino pode e deve ter essa capacidade de ter essa perceção de empatia mesmo que seja à distancia.
Um vicentino por formação cristã e por ter fé em Deus, deve procurar viver a sua vida com empatia, diria ser simplesmente simples.
Para podermos ter respostas a esta interrogação podemos pensar ainda melhor como S.V.Paulo entendia sobre a simplicidade:

A virtude da Simplicidade educa-nos na capacidade de desenvolver os valores da verdade, da sinceridade, da transparência. Viver plenamente a simplicidade nos ajudará a evitar ser falso uns com os outros e muito menos com um povo; por estas virtudes somos chamados a ser simples, a dizer as coisas como são, sempre com sinceridade em relação à outra pessoa.
Diante dos desafios que o pluralismo de ideia e de valores e contravalores que a sociedade capitalista nos impõe, precisamos ficar mais atentos em relação à nossa postura junto ao povo e o cultivo de valores que não são transitórios, mas base para a vida com dignidade. O povo ao qual procuramos evangelizar se aproximará de nós mediante nossa postura diante dele. A simplicidade impregnada em nossos atos possibilitará essa pedagogia de aproximação do povo mais simples a nós e vice-versa.
Já SVPaulo definia na sua vivencia a importância desta virtude e dizia que: “A simplicidade é a virtude que mais amo, eu a chamo de meu evangelho”

Também o nosso presidente geral internacional nos deixaria algumas recomendações a quando a sua visita em Portugal no ano 2016 que acho ser oportuna. Dizia:
  1. Sigam fielmente a Regra mesmo com todas as “imperfeições” nela contidas. 
  2. Evitem conflitos, ou interesse individuais, vaidades e intrigas pois essas afastam-nos de Deus.
  3. Defendam os valores da família e do evangelho, especialmente no momento da vida domiciliária. 
  4. Foquem as energias no que realmente interessa: a promoção dos mais necessitados e na sua santificação. 
Acrescento pela vivência durante estes anos antes e agora, para se conhecer e saber lidar com a pessoa é preciso ouvir essencialmente de quem se queixa da vida, dela que não têm culpa.
Eu pessoalmente tive uma experiência única, nunca me esquece e por ventura marcou as minhas escolhas. Um presidente incumbiu-me de fazer uma visita ao “Carlinhos da Sé” a minha visita foi de uma vivência e de uma utilidade para mim que hoje tenho insistido com outros vicentinos: é necessário a visita ao domicilio, é necessário criar empatia com outro em saber ouvir para dar respostas com aos seus problemas... Ouvir... Do Carolinhos ouvi, hoje posso dizer que nunca sou agressivo nem inconveniente, ouço as pessoas com os afectos que eles merecem, o respeito.  A minha escuta foi o resultado da empatia criada com o Carlinhos sentindo nele o aconchego de choro, de lágrimas de quem o escutou, respeitando as diferenças.
A vida é feita de dificuldades, mas nada é insuperável desde que disponhamos a ouvir, comentar e depois da critica, darmos alternativas, pois como diz o presidente Renato Lima; devemos aceitar mesmo com as imperfeiçoes pois tudo é contruído na base do dialogo, com ideias. Façamos render os dons de talentos que tenhamos e não façamos como fez o mau servo, enterrando um talento, com medo de poder render o dobro. (S.Mateus 25,14-30).
assim seja.