«Somos chamados ao trabalho desde a nossa criação. Ajudar "pessoas em situação de pobreza", deve ser sempre um remédio provisório. O verdadeiro objectivo deveria ser sempre consentir-lhes uma vida digna através do trabalho» Laudato Si: página 88.

segunda-feira, 30 de setembro de 2019

CRONICAS VICENTINAS IV - Renato Lima de Oliveira

Nota Abertura
PUBLICAÇÕES SEMPRE QUE POSSÍVEL FIM DE CADA MÊS(12)
"AGRADECIMENTOS DO PRESIDENTE RENATO LIMA À SUA FAMÍLIA"
Minha gratidão à sua esposa, e parentes e a todos aqueles que, em qualquer momento,
estiveram disponíveis para que hoje,(data da impressão 2015) juntos e felizes,
pudéssemos desfrutar desta nova conquista. Minha amizade àqueles que me quiseram bem.
Meu perdão àquele que, por motivos alheio à ninha vontade, não me compreenderam. 
Minhas desculpas se, por acaso, houve momentos em que não foi possível mudar.
Meus agradecimentos àqueles que confiaram na honestidade do eu trabalho e reconheceram
meu esforço. Tentei fazer o melhor em prol da literatura vicentina e pela renovação de nossos quadros.  

Artigos de espiritualidade para reflexão e debate nas reunião vicentinas

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A pobreza da ingratidão e o diploma da santidade
               Um dos sentimentos mais dolorosos que uma pessoa pode viver é a ingratidão. Muito mais que a ira o desamor, a ingratidão é como um ácido que corrói profundamente por dentro, afretando o coração do indivíduo que sofreu tal dissabor. Porém, como vicentinos que somos, ao buscarmos a santidade, temos que estar acima desse sentimento nocivo, que às vezes percebemos no momento da visita, no relacionamento com as famílias assistidas e até mesmo no seio da nossa entidade. Certa vez, uma Conferência, por ocasião do Dia das Mães, decidiu doar Kits de cremes para embelezar as mães assistidas. Grande foi a surpresa quando nem todas as senhoras beneficiárias disseram uma palavra de agradecimento, como por exemplo: "muito obrigado". Nem um sorriso, nem uma demonstração de afecto. Na verdade, são pessoas sofridas, que nem sempre têm forças ou animo para a vida; mas daí demonstrar tamanha indiferença, é uma dor muito forte para quem proporcionou aquele gesto genuíno de caridade.
                   O próprio Jesus Cristo também "reclamou" dos ingratos. Ele mesmo, que era Deus, após curar dez leprosos, indagou porque apenas um havia regressado para agradecer. E Jesus perguntou: "Onde estão os outros nove?" (Lucas 17,17). Na caminhada vicentina, muitos "leprosos" passarão por nós, mas poucos serão agradecidos. É bem verdade que fazemos esse trabalho de caridade sem buscar reconhecimento ou gratidão; tais sentimentos são humanos e fazem parte da educação das pessoas. O que pode nos consolar, um pouco, é que uma pessoa ingrata é também vitima do problema, pois não teve acesso à cultura.
                  Ser grato a uma pessoa pode ser algo tão simples para muitos, especialmente àqueles que tiveram acesso à educação e nasceram numa família que lhes ensinou valores, princípios e postura sociais. É bem verdade que boa parte dos socorridos de nossa Conferências não possui essa característica. É por isso que, juntamente com as cestas de alimentos e outros bens materiais, os vicentinos devem levar "exemplos", "conselhos", "orientações" e, acima de tudo, "ensinamentos". Tudo o que dissermos de valoroso e virtuoso a um assistido produzirá frutos no futuro.
                   Contudo, uma certeza pode-se ter: da mesma maneira que Jesus ofereceu a "outra face" a quem lhe quisesse machucar (Mateus 5,39), a ingratidão com que, à vezes, estamos sujeitos (pelos assistidos, por alguns representantes da Igreja e pelos próprios companheiros de caminhada vicentina), será a chave para abrirmos as portas do a paraíso. Essa ingratidão nos condecorá com um " diploma invisível de santidade", que São Vicente e Ozanam nos entregarão quando estivemos entrado nos céus, um dia.
               Qual é o pior defeito do ser humano? Como podemos lidar com essa situação nos trabalhos vicentinos, especialmente junto aos assistidos?
V. N. Gaia; 30-09-2019
       
  

quarta-feira, 18 de setembro de 2019

POBREZA - DAS NOSSAS VIDAS

POBREZA – DAS NOSSAS VIDAS
No seu artigo jornal “Obras da Rua” - Pe. JÚLIO, relata notícia entre a pobreza na europa e africa, referindo que a Obra de Rua em Africa é, em primeiro lugar, uma bênção para a própria Obra´´, é o que ela é, é uma obra pobre, de pobres, para os pobres, pelos pobres. Diz pouco mais adiante; como dizia Pai Américo, se não houvesse pobres, a quem poderíamos amar?
Pode-se então dizer que no mundo europeu não há pobreza? Não, há pobreza, e mais pobre ainda porque não pode ser objeto de bem à sua medida. Deixa uma critica: não se pode criar estruturas para lhes fazer bem sem a autorização e beneplácito do Estado que tantas vezes complica a vida dos pobres que, de si mesma, é e tem de ser simples. Afirma: tenho bem presente a resposta de Pai Américo àqueles que nesse tempo, inversamente aos de hoje, dizia «não está nada certo o aparato das casas da nossa aldeia: nem nós os temos o lixo, seria uma simples transferência. Se do lixo para luxo, seria miséria doirada».
Os pobres, muitos a tempo inteiro, outros em semi-pobreza temporária…
Citei parte da publicação…

Hoje diria que os tempos são pouco diferente embora tenhamos perto de 20% de pessoas em situação de pobreza ou semi-pobreza, ele é pobreza psicológica, do que real. Hoje a maior parte delas tem certa dificuldade de sentir na pele a falta de trabalho, hábitos adquiridos na procura de trabalho, de recusar a mesma (mesmo que lhes seja proposto algumas alternativas de procura a nível das comunidades paroquiais vicentinas, ou institutos de segurança social, ou por mero desleixo. Sabemos que a maior parte dos menos jovens entre idades 30 a 50 não tem qualificações literárias o que dificulta a procura…(será a culpa deles?)  
Vejamos, antes de Abril de 74, não existia ordenado minino nacional, ela apareceu no 1º governo provisório então o 1º ministro Adelino Palma Carlos, foi criado OMN em 27/05/1974, no valor em euros de hoje: 16,50.
Nos tempos de hoje temos implementado o RSI-rendimento social reinserção o valor: Para um individuo: 189,66€ + 132,76 se houver uma segunda pessoa e +94,83 se for caso de um menor.

Diria que é mais má vontade por parte de quem tem necessidade; pois recentemente uns vicentinos ofereceram um computador portátil para que uma pessoa ganhasse vontade de dar um passo em frente ao seu desespero da vida difícil que diz levar e não quis aceitar a oferta

Portanto perguntaria; não será mais pobreza psicologia, espiritual e, vontade de procura?
Nós vicentinos podemos ajudar os jovens para isso partilho uma notícia; Economia e Finanças, um link: https://economiafinancas.com/2019/25-estagios-de-ingresso-para-a/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+EconomiaFinancas+%28Economia+%26+Finan%C3%A7as%29   ( faça; ctrl + rato);  acesso a oferte de: (25 estágios na carreira de vigilantes da natureza).

Aconselho consulta ás condições.
  
Nos vicentinos sempre disponibilidades e ajudamos e procuramos cria vontades (como está nos Espírito Vicentino) que haja disponibilidade.

Tema de responsabilidade de: Fernando Teixeira.
Gaia, 18/09/2019








domingo, 15 de setembro de 2019

Dia 27 de setembro festa regulamentar S.V. P.

Vigésimo Sexto Domingo do Tempo Comum
Dia 29 setembro 2019
Leituras: Am 6,1a.4-7; Tim 6,11-16; Lc 16,19-31
“Passados dois dias de 27-09, lembramos a Festa Regulamentar S.V.P. Não irei aqui transcrever o Evangelho de Domingo, mas tem muito haver com os atos e atitudes do vicentino(a)s, não só também para “certos setores da nossa igreja” a olhar para dentro. Para isso remeto a vossa atenção á leitura do domingo 29-09, para o evangelho de São Lucas nos descreve muito bem” OS” Lázaros que vagueiam pelas cidades. Hoje existe 20% de pessoas a caminho de situação de pobreza. Ainda hoje, encontramos muitos “Lázaros-pobres” a vaguear pelas ruas a pedir, umas esmolas, outros novas oportunidades de vida e mesmo assim passamos adiante, mandamos trabalhar como fazem os ricos, como umas atitudes dos Fariseus. Por vezes um vicentino estão numa situação de incapacidade de dar respostas, o (presidente do CGI aconselha de não se deixar desmotivar pela ociosidade). Existe vários imoveis por aproveitar para dar corpo aos Lázaros e, a opção e´ o lucro, transformando em hotéis de luxo. Quantos e quantos moram em casas ditas “Bairro do Gaiato com carros á porta” Porque não olhamos para dentro? Como diz e bem a leitura do evangelho desse dia o Lázaro morreu, foi colocado e levado pelos Anjos ao lado de Abraão e o rico já preocupado solicita ao Pai Abraão por socorro, com insistência. Aconselho ler estes dias o Evangelho LC 17,5-10 do Ano C; 26 Domingo do T.C. dia 29 de setembro, para melhor entender”.
Interpretação própria…
-------------------------------------------------- Reflexão vicentina -----------------------------------------    
As leituras deste domingo nos fazem refletir sobre o sentido da vida. O Evangelho é muito claro: a parábola do rico e do pobre Lázaro nos diz claramente que ter riqueza sem olhar com misericórdia para os Pobres é a receita para a infelicidade.
A primeira leitura (do Livro de Amós) nos motiva a nunca nos deixar motivar pela ociosidade. Nesta mesma linha, a Carta de São Paulo a Timóteo nos motiva a nunca descansar, mas sempre “combater o bom combate de fé, para conquistar a fé, para a conquista a vida eterna”. Finalmente o Evangelho nos diz como viver a misericórdia com os Pobres; (pessoas em situação de pobreza) e ser proativo na vida de fé: através da escuta das mensagens que Deus nos comunica, através dos Seus profetas e suas manifestações.
A ociosidade faz mal a nós e aos outros que deixam de se beneficiar de nossos dons. Pior que ser rico e não partilhar os bens materiais com os (Pobres), é ter dons não materiais (o saber, o poder, a capacidade de empreender) e não utilizar para a construção de um mundo melhor (em particular para os próprios Pobres). Quem tem dons e vive na ociosidade interior peca duas vezes: primeiro, contra si (porque não se realiza como pessoa) e, segundo, contra o próximo (porque não pertite que os outros possam melhorar suas vidas, através de seu trabalho).
O conhecimento das oportunidades de servir, através de nossos bens materiais ou não materiais vem da escuta. O rico da parábola suplica a Abraão que mande o pobre Lázaro ao mundo para dizer-lhes que se convertam<. O mesmo Lázaro que passara tantas vezes pelo rico a ele que compartilhasse os seus bens! Seria necessário um fenómeno sobrenatural (um morto voltar à vida) para que seus parentes acreditassem. A resposta de Abraão foi direta e serve para nós também: se não acreditarmos na Palavra de Deus, não nos converteremos através de um fenômeno sobrenatural.
Como vicentino, sabemos que tudo que temos e que recebemos, é um empréstimo de Deus e geridos por nós, devemos partilhar com os (Pobres) que assistimos, porque também eles são um dom de Deus.
16º presidente Renato Lima