«Somos chamados ao trabalho desde a nossa criação. Ajudar "pessoas em situação de pobreza", deve ser sempre um remédio provisório. O verdadeiro objectivo deveria ser sempre consentir-lhes uma vida digna através do trabalho» Laudato Si: página 88.

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Eleição Presidente Conselho Zona Gaia Norte

Eleição
  
Conforme determinação na REGRA, a (18) dezoito de junho dois mil e dezasseis realizou-se ato eleitoral decorreu normal, foi dado cumprimento ao estipulado ao artigo quarente e oito (48ª).  A presidente da comissão eleitoral a vicentina: Arminda Jesus Leite Marques, depois de ter conferido a qualidade do direito a voto, procedeu à eleição por voto secreto. Das quinze conferências foram apurados (8) oito votos a favor considerados validos retirados da urna, resultou numa percentagem de 0,53%. Assim a presidente da comissão Eleitoral informou a eleição do confrade Fernando Maria Neves Teixeira, presidente do C.Z.G.N., para o quadriénio 2016/2020.
O Confrade agora reconduzido, agradeceu o voto de confiança manifestada, de seguida o presidente eleito, apresentou a todos presentes a composição dos membros da Mesa:


Presidente: Fernando Maria Neves Teixeira
Vice-Presidente: Arminda Jesus Leite Marques
Secretária: Anabela Pereira Lima
Tesoureiro: Miguel Joaquim Pinto Castro
Vice-Presidente de Jovens: Susana Maria Mocetão Costa
Vogal: Mimosa Rodrigues Guerra
Vogal: Adília Sousa Miranda Pinto
Assistente Espiritual: Diácono Manuel Augusto Silva Maia


O Conselho de Zona Gaia Norte

Mafamude-Gaia 2016-06-18

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Virtudes da Espiritualidade Vicentina em Ano Misericórdia

Simplicidade

A virtude da Simplicidade educa-nos na capacidade de desenvolver os valores da verdade, da sinceridade, da transparência. Viver plenamente a simplicidade nos ajudará a evitar ser falsos uns com os outros e muito menos com o povo; por esta virtude somos chamados a ser simples, a dizer as coisas como são, sempre com sinceridade em relação à outra pessoa.

Diante dos desafios que o pluralismo de ideias e de valores e contra-valores que a sociedade capitalista nos impõe, precisamos ficar mais atentos em relação à nossa postura junto ao povo e o cultivo de valores que não são transitórios, mas base para a vida com dignidade. Um desses valores é o cultivo da simplicidade. O povo ao qual procuramos evangelizar se aproximará de nós mediante nossa postura diante dele. A simplicidade impregnada em nossos actos possibilitará essa pedagógica aproximação do povo mais simples a nós e vice-versa.

O próprio São Vicente definiu na sua vivência a importância desta virtude na vida de um vicentino: “A simplicidade é a virtude que mais amo, eu a chamo de meu evangelho” (SVI,284).


Humildade

São Vicente de Paulo define a Humildade como a virtude que dá a característica essencial à missão na Pequena Companhia. A humildade é a virtude que nos toma capazes de reconhecer e admitir nossas fraquezas e limitações, criando assim a possibilidade de confiar mais em Deus e menos em nós mesmos.

A humildade ajuda-nos a nos livramos da nossa auto-suficiência, a reconhecermos nossa dependência do amor do Criador e nossa interdependência comunitária. Ao mesmo tempo, a humildade nos capacita para reconhecer nossos talentos, talentos que devem ser postos a serviço das outras pessoas.

É a virtude que permite aos pobres aproximar-se de nós. É a virtude que nos ajuda a ver que todos somos iguais aos olhos de Deus. A vivência desta virtude educa-nos e capacita-nos, em contrapartida, para aproximar-nos progressivamente dos Pobres. Esta virtude nos impulsiona a um processo contínuo de inculturação no mundo dos pobres, encorajando-nos a um esforço de identificação com os mesmos.


Mansidão

Etimologicamente, mansidão vem de “mansuetude” e manso de “mansus”, forma do latim vulgar de “mansuetus”. Tem um significado de comportamento aconchegante, familiar, doméstico. Conceitualmente, a mansidão se entende como a força, a virtude, que permite a pessoa moderar rapidamente a sua ira e indignação. A razoável indignação pode ser com frequência sã e saudável, transposição licita da sobrecarga psicológica a um ato de zelo pela glória de Deus, pela justiça ou pelo bem do próximo.

A mansidão não é agressiva, raivosa, barulhenta. Certamente é uma virtude chave na comunidade. É a virtude que ajuda a construir a confiança de uns nos outros, porque, quando somos amáveis, os que são tímidos se abrirão em relação a nós. Por estas razões podemos dizer que a mansidão é a virtude por demais vocacional, como constatou o próprio São Vicente: “Se não se pode ganhar uma pessoa pela amabilidade e pela paciência, será difícil consegui-lo de outra maneira” (SV VII,226).

A mansidão inspira um trato suave, agradável, educado e fundamenta a tolerância, valor este muito importante para a convivência em uma sociedade plural em que o respeito à pessoa e à sua liberdade deve ser uma lei indiscutível.


Mortificação

Por esta virtude somos interpelados a morrer para nós mesmos. É a virtude que pede que nos entreguemos totalmente, pensemos primeiro nos outros, pensemos especialmente nos Pobres antes de pensar em nós mesmos. Esta virtude educa-nos para o altruísmo em detrimento do nosso egocentrismo.

Assim nos diz São Vicente: “Os santos são santos porque seguem as pegadas de Jesus Cristo, renunciam a si mesmos e se mortificam em todas as coisas” (SV XII,227).



Zelo Apostólico

Podemos identificar o zelo apostólico com paixão pela humanidade. O zelo é a consequência de um coração verdadeiramente compassivo. Trata-se da paixão por Cristo, paixão pela humanidade e paixão especialmente pelo Pobre. O zelo é uma virtude verdadeiramente missionária. Expressa-se em forma de disponibilidade, de disposição para o serviço e a evangelização, mesmo quando as forças físicas já estão decadentes.

Assim sendo relacionado com o zelo está o entusiasmo, que leva à acção. Podemos entender o zelo como uma expressão concreta do amor efectivo, que é motivado pela compaixão, ou amor afectivo.



nota rodapé: adote estas cinco frases como reflexão na sua reunião.  

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Santa Elizabeth Ann Seton

Elizabeth Ann Seton nasceu a 28 de Agosto de 1774 em Nova Yorque. Será filha de Ricardo Bayley e Caterina Chariton. Foi batizada e educada na Igreja episcopaliana. O pai, médico e cirurgião de renome, foi o primeiro delegado de Saúde no Porto de Nova Yorque e depois professor de anatomia no colégio Real (Universidade de Colúmbia). Eleizabeth cresceu em Nova Yorque e em Nova Rochelle. A 25 de Janeiro de 1794, Elizabeth Ann  casou com William Magee Seton, filho de uma família rica de armadores e habitava em State Sreet, em Manhattan. O seu casamento foi abençoado com o nascimento de três meninas e dois rapazes. Infelizmente, William depressa cai doente atacado por terrível tuberculose. Ele parte para Itália acompanhado por Elizabeth e a sua filha mais velha, Ana, com esperança de recuperar a saúde. Mas ele morre a 27 de Dezembro de 1803, deixando-a viúva com 5 filhos e apenas 29 anos.
A Família Felicchi de Livorno, em Itália, sócios de negócios e grandes amigos de Elzabeth e William, oferecem-lhe hospitalidade, apoio e consolação. Elizabeth Anne, que era muito especial, ficou muito tocada dela devoção e a fé da família Felicchique era católica. Um ano depois. do seu regresso a Nova York, Elizabeth decide converter-se ao catolicismo e a 14 de Março de 1805, é recebida na igreja de São Pedro em Barclay Street. Esta decisão custou muito a Elizabeth por causa do afastamento da sua família e das suas amigas. Os anos seguintes são muito duros para Elizabeth. Viúva, com cinco filhos, sem meios económicos para os sustentar por causa da falência do empresa familiar, pouco antes da morte de William e sem poder contar com o apoio da sua família e dos seus amigos. Em Junho de 1808 o Padre William Louis Dubourd, padre sulpiciano, de MarYland, encontra Elezabeth durante uma visita a Nova York e convida-a a mudar para Baltimore. prometendo-lhe abrir aí uma escola para meninas. 
Graças à generosidade de um benfeitor, a escola pode instalar-se em Emmitsburg, Maryland. 
Esta nova obra começou em 31 de Julho de 1809 em Sant José Valley. Em breve, este projecto atrai outras mulheres que lhe seguem os passos para se consagrar à instituição dos crianças pobres, começando a Comunidade das Irmãs da Caridade.
A 17 de Janeiro de 1812, Elesabeth recebe a confirmação oficial das regas e das Constituições das Irmãs da Caridade nos Estados Unidos. Esta Regras são redigidas com base nas Regras comuns da Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, fundadas em França por São Vicente de Paulo e Santa Luísa de Marillac em 1633.Assim nasceu a primeira comunidade religiosa americana. 
Muito antes de ser acolhida na Igreja Católica, Elizabeth tinha descoberto Cristo nos pobres, especialmente nas mulheres e nas crianças carenciadas. 
A santidade de Elisabeth foi reconhecida por causa da sua busca da vontade de Deus na sua vida e pela sua felicidade em responder-lhe. a sua santidade enraíza-se na sua fidelidade à oração e à liturgia na Igreja protestante episcopaliana do seu tempo. Fiel praticante da Paróquia da Santíssima Trindade, ele orava longo tempo diante do santíssimo sacramento na vizinha capela de São pedro, que era católica. 
Morreu a 4 de Janeiro de 1821 em Emmitsburg, com 46 anos. 
A 25 de Março de 1850, a Comunidade de Emmitsburg uniu-se à Companhia das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo de França.
A 17 de Março de 1963, Elisabeth Ann Seton foi beatificada pelo Papa João XXIII.
Foi canonizada em Setembro de 1975, por Paulo VI.