«Somos chamados ao trabalho desde a nossa criação. Ajudar "pessoas em situação de pobreza", deve ser sempre um remédio provisório. O verdadeiro objectivo deveria ser sempre consentir-lhes uma vida digna através do trabalho» Laudato Si: página 88.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

¿Retorno ao carisma vicentino?


Sentir os afetos de São Vicente de Paulo é retornar 25 janeiro, em Folleville,  a Chatillon a 23 agosto de 1617. Retorno, voltar a trás, reviver o que foi feito, faz sentido ao atribuir ao sentido do carisma vicentino e conviver em sociedade este carisma a que todos somos convidados.

Em termos económicos «estornar ou retorno, tem o significado de devolver uma verba que foi indevida». Talvez por determinado erro mau lançamento deu azo a um retorno do valor que não nos pertence ou devemos devolver.

Ao ler o texto do B.P., sobre uma iniciativa Global da Família Vicentina, leva a cabo este ano. Celebramos os 400 anos do Carisma Família Vicentino que remonta aos anos em 1617 com SVP nas suas primeiras pregações em Chatillon, sua paroquia e quando foi chamado por uma senhora, a deslocar-se na visita a socorrer uma família que sofrem com doenças e a passar fome. 
SVP socorreu e depois, pediu na comunidade paroquial para dar continuidade a família de forma organizada, foi assim que se prosseguiu ate aos dias de hoje. Mas o mais importante é o retorno que conseguiu dar a esta família. Retornou a essa família uma “dívida-de-afetos”. Esta família outrora e hoje recordamos, servirá para criar boas práticas vicentinas como exemplo: as nossas famílias aos “afetos” que lhes foram retirados ontem e hoje em pleno século XXI.

Muitas vezes ouvimos ou dizemos: - não temos tempo, por falta de empregos, não damos respostas e emigram, pelos sem teto, os que encontram sozinhos enfrentam as enfermidades físicas, ou doenças depressivas ou mentais, pela criminalidade e divorciados compulsivos muitas vezes por falta de trabalho e falta de amor «não estou para aturar o que está mais próximo», os nossos jovens e mais velhos presos pelas drogas muitos deles desacompanhados, idosos que muitas vezes são colocados em lares porque dão muito trabalho etc, etc. Pela nossa pouca vontade de reconhecer a família dos afectos.
Pe. José Frazão, deixa-nos um pensamento; «Somos gerados e dados à luz e ao respiro, confiamos o nosso corpo e a palavra à força dos afectos. Porém, prometidos a nós mesmos pelo compromisso, não temos por onde fugir.» Acrescenta ainda; Só, a palavra por si já nos afecta.

O apóstolo São Mateus 25:35, lembrando-nos a Família de Nazaré na sua fuga de Rei Herodes: «Fui peregrino e me recebeste». O exemplo da Família de Nazaré é um bom testemunho de união e amor aos afetos que distribui. Eles, são a forma mais fácil na distribuição dos afetos em casa, na rua, quando visitamos um doente ou quando encontramos uma pessoa a pedir nos abeiramos dele ou dela e tentamos consolamos, mesmo que ele não aceite a nossa proposta de tentar resolver o seu problema. 

Acho que o mais nos identifica como vicentinos servidores é sermos um Cristo identificado entre os que mais precisam. Fazer, fazer de forma a que nós, devolvamos a dignidade das pessoas humanas com os mesmos direitos de todos nós.

Como vicentinos só terá sentido que as palavras ditas sejam carisma vicentinos fazendo. Faz!

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