Todos chegamos a uma conclusão
definitiva, vivemos tempos difíceis, estamos condicionados de poder realizar
alguns sonhos na vida que podem levar ao desespero.
Condicionados de alguma liberdade
de ação porque nos empurram na vida como se fossem um carro com motor velho e
não conseguimos sair da cepa-torta, como diz o povo!
Tudo mais se poderia acrescentar,
mas não vemos ou não queremos ver do outro lado do passeio ou no nosso outro
lado do bairro. Não valorizamos a pessoa que esteja a viver num sítio cheio de
esterco, na rua tal, no jardim tal, a dormir dentro dum carro ou ar livres abandonado
e que tem o direito de que lhe reconheçamos o seu valor (…) que olhemos para
ele e reconheçamos que tem direito a ser colocado no centro, no centro da vida,
como tivesse acabado de nascer!...
Recentemente vi e li um artigo sobre
um pobre que vive na rua, vivendo anos num jardim e que lhe deu o nome a “ILHA”,
pele queimada pelo sol, cabelo de tal maneira grande que se via obrigado a
arruma-lo para cima dum ombro, como quem diz; chega para lá que estorvas. O
Poeta Raimundo Arruda Sobrinho, escrevia poemas ou frases como estas em:
“O Condicionado”
Esperança é
o peso mais pesado.
Um homem
pode carregar.
É a ruína do idealista.
Higiene do
material.
Higiene
Mental.
Estas frases escritas pelo velho poeta Raimundo.
Exercitava a sua
brilhante memória escrevendo. Ele morava num lugar qual ele chamava
“A Ilha”.
Quando eu vi
Raimundo pela primeira vez, ele deu-me um dos seus poemas. Daquele momento em
diante, senti que tinha de fazer parte da minha vida pois dedicava os seus
tempo na Ilha a escrever, todos os dias escrevia folhas de poemas.
O Raimundo
escrevia e algumas frases escolhidas por ele:
Aqui eu não
sei qual é mais difícil de praticar. Em cada frase assinada o seu pseudónimo:
“O
Condicionado”
Nas conversas
havidas com uma senhora amiga que a partir daí ficou a fazer parte da sua vida
dizia que o Raimundo sempre quis publicar um livro com os poemas, mas se
tornava difícil porque ele morava na rua, de certa maneira tornava-se impossível.
Pede à sua
amiga de agora em diante, que o ajudasse a publicar um livro, a ser
reconhecidos como homem e como artista, um poeta.
“Raimundo
Arruda Sobrinho”
As pessoas com
o continuar dos tempos, começaram apreciar o senhor que vivia no jardim, em São
Paulo e começaram a parar a falar e manifestarem-se com alguma vergonha la iam
dizendo que tinham alguma vergonha de se abeirar dele, pelo seu aspeto de cabeludo
mal cheiroso, barba grande mas continuava a escrever os seus poemas e então
algo inesperadamente de um seu irmão que o queria conhecer.
Seu irmão
agora reapareceu ao fim de cinquenta e sete anos eu pude te encontrar. Quando
cheguei à ilha, encontrei um homem no meio do lixo, peludo e sem barba, sem
qualquer higiene, sabendo que essa pessoa era meu irmão.
Depois de ter
sido sugerido ao seu irmão Raimundo para ir com ele viver para sua casa em
Goiana, Brasil estávamos no ano 2014, nessa altura era um convidado pelo seu
irmão la foi com ele viver para caso do irmão. A partir daí, ele, já não se
sentia como convidado, mas sabia que tinha uma família. Para a autora não
existiu palavras que pudesse justificar a sua alegria por ter ajudado. Agora
finalmente, nós vamos publicar seu livro, desabafo da sua amiga.
O sonho dele esta se tornando uma
realidade, depois de tanto tempo.
"Maldito é o homem que se
abandona"
Estas seis
palavras mostram:
Que pior da
situação nunca é, nunca deve um homem, considere isso perdido
Assinado
O Condicionado
Raimundo Arruda Sobrinho
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