Recentemente publiquei por aqui, uma das Recomendações para ser um bom presidente, das Crónicas Vicentinas do Presidente do CGI, talvez seja bom reforçar agora o papel do presidente nas conferências que trabalham em equipa nas próprias conferências, numa altura que vamos recordar no dia 23 de abril em 2018 o que aconteceu à 185 anos aqui fica o que se deu à 185 anos.
Há 185 anos, no dia 23 de
abril de 1833, um grupo de leigos franceses católicos, devotos e
visionários, reuniu-se para fundar a primeira “Conferência de
Caridade”, anos depois conhecida como “Sociedade de São Vicente de Paulo”.
O que motivou aqueles homens de fé foi a prática da caridade, a santificação
pessoal, a amizade entre eles e a construção de um mundo mais justo, baseado
nos valores do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Em poucos anos, a entidade nascente crescia rapidamente dentro
da França, vindo a atingir outros países da Europa e do mundo. Atualmente, a
SSVP está presente em 153 países ou territórios, reunindo 800.000 membros
e mais de 1 milhão de voluntários, ajudando a 30 milhões de pessoas por
ano. Aquela primeira Conferência (Saint-Étienne-du-Mont) transformou-se em
50.000 novas “comunidades de fé e de serviço”. Um verdadeiro milagre de
Deus operado pela intercessão dos nossos fundadores! A Igreja também, por meio
de diversos Breves Papais, conferiu amplo reconhecimento institucional à
SSVP, em diversas oportunidades.
Todos nós, vicentinos do Século XXI, precisamos estar
conscientes de que, com a graça de Deus, o trabalho que realizamos, embora
bastante discreto, é muito efetivo e tem gerado inúmeros frutos para as pessoas
socorridas. São incontáveis os benefícios proporcionados a milhões de seres
humanos necessitados, que contam com a mão amiga vicentina para continuar a
superar os desafios da vida. Nem sempre percebemos a importância e a
relevância que a ação caritativa da SSVP exerce no mundo.
Vale, aqui, mencionar algumas palavras de estímulo que o 1º
Presidente Geral, Emmanuel Joseph Bailly de Surcy, incluiu na introdução da
Regra de 1835, as quais eu muito aprecio: “Os sentimentos de fraternidade entre
os confrades converterão os nossos corações num só coração, e todas as nossas
almas numa única alma (“cor unum et anima una”), e isso tornará mais querida a
nossa Sociedade fraterna. Ainda que amemos muito a nossa humilde Sociedade,
temos que saber que ela é uma obra nascida pela misericórdia de Deus”.
Eu não poderia terminar essa reflexão sem mencionar as vicentinas
e os confrades já falecidos nestes 185 anos de existência da SSVP. Recordamos
respeitosamente a sua memória, e a eles dirigimos uma oração amorosa, pois os
nossos predecessores que já se encontram na Casa do Pai fazem parte da
“Conferência Celestial”, e seguem intercedendo por nós aqui na Terra. É por isso que nossa SSVP pode ser considerada
uma verdadeira “escola de santidade”, uma vez que já temos cerca de 50 membros
em processos de canonização em diferentes etapas, entre eles o bem-aventurado
Ozanam.
Na condição de 16º Presidente Geral, e em nome da direção
internacional, gostaria que essa mensagem chegasse a todos os vicentinos do
mundo, felicitando-os pelos relevantes serviços prestados à humanidade, à
Igreja e à sociedade civil. Mantenham-se firmes na fé, na caridade e na
esperança, sempre em unidade com o Conselho Geral, que é o guardião da
Regra e das origens da nossa Sociedade.
Que Deus continue nos cumulando de bênçãos e que a Virgem Maria
nos proteja de todos os males. Muito obrigado, Ozanam, Bailly, Lallier, Clavé,
Le Taillandier, Lamache e Devaux! Obrigado, irmã Rosalie Rendu! Parabéns a
todos os vicentinos do mundo. Viva a França! Viva a SSVP!
Cfd.
Renato Lima de Oliveira
16º Presidente Geral
16º Presidente Geral
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