«Somos chamados ao trabalho desde a nossa criação. Ajudar "pessoas em situação de pobreza", deve ser sempre um remédio provisório. O verdadeiro objectivo deveria ser sempre consentir-lhes uma vida digna através do trabalho» Laudato Si: página 88.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Modelo Família Vicentina: - Santa Luísa de Marillac

Santa Luísa de Marillac
1591 - 1660

  Luísa nasceu em 12 de Agosto de 1591, hoje passados (424 anos), filha natural de Luís de Marillac, senhor de Ferrières, aparentado com a nobreza francesa, cujas posses permitiram dar à filha uma infância tranquila. A menina aos três anos foi para o Convento Real de Poissy, em Paris onde recebeu uma educação refinada, quer no plano espiritual, quer no humanístico.
  Porém, seu pai morreu quando ele tinha treze anos, sem deixar herança e, felizmente, nem dívidas.. Nessas circunstâncias Luísa foi tirada de Convento, pela tia Valença, pois os Marillac não se dispuseram custear mais sua formação. Ele desejava dedicar a sua vida a Deus, para cuidar dos pobres e doentes, mas agora com a escassez financeira teria de esperar para atingir esse objectivo.
Durante dois anos viveu numa casa simples de moças custeando-se com trabalhos feitos em domicílio, especialmente bordados Ela, tentou ingressar no mosteiro das capuchinhas das Filhas da Paixão que acabavam de chegar em Paris, mas foi rejeitada pela aprarência de saúde débil, imprópria para a vida de mosteiro. Depois disso viu-se constrangida a aceitar um casamento que os tios lhe arranjara. Foi com António de Gràs, que trabalhava como secretário da rainha. Com ele teve um filho, Miguel António. Viveu feliz, pois o marido a respeitava e amava a família. E se orgulhava da esposa que nas horas vagas cuidava dos deveres de piedade, mortificando-se com jejuns frequentes, visitando os pobres, os hospitais e os asilos confortando a todos com seu socorro. Até que ele própio foi acometido por grave e longa enfermidade e ela passou a se dedicar primeiro a ele sem abandonar os demais. Mas com isso novamente os problemas financeiros voltaram.
  Nesse período teve dois grandes conselheiros espirituais: Francisco de Sales e Vicente de Paulo, ambos depois declarados Santos pela Igreja. Foi graças á direcção deles, que pôde superar e enfrentar os problemas que agitavam o seu quotidiano e a sua alma. Somente sua fé a manteve firme e graças à sua força, suplantou as adversidades, até o marido falecer, em 1625 e Miguel António foi para o seminário.
  Só então Luísa pôde dedicar-se totalmente aos pobres, doentes e velhos. Isso ocorreu porque Vicente de Paulo teve a iluminação de colocar-la à frente das Confrarias de Caridade, as quais fundara para socorrer as paróquias da França e que vinham definhando. Vicente encarregou-se de visitá-las, reorganizá-las, enfim dinamizá-las e ela o fez durante anos.
Em 1634 Luísa, com ajuda e orientação de Vicente de Paulo, fundou a congregação das Damas da Caridade, inicialmente com três senhoras da sociedade, mas esse núcleo se tornaria depois uma Congregação de Irmãs. Isso o porque serviço que estas Damas prestavam aos pobres era limitado pelos seus deveres familiares e sociais e pela flata de hábito aos trabalhos humildes e fatigantes. Era necessário colocar junto delas, pessoas generosas, livres e totalmente consagradas a Deus e aos pobres. Mas na Igreja não existiam porque a vida de consagração para as mulheres estava concebida apenas como vida de clausura. Então, Vicente e Luísa, em 1642 ousaram e, criam as Irmãs dos Pobres, as Filhas da Caridade, a quem foram confiados os doentes, os enjeitados, os velhos, os mendigos, os soldados feridos e os condenados às prisões..
  Nascia um novo tipo de Irmã, com uma missão inédita para aqueles tempos: uma vida consagrada em dispersão pelos caminhos do sofrimento humano, assim estava criada a Consagração das Irmãs Filhas da Caridade, em 1642. Na qual Luísa fez os votos perpétuos, sendo consagrada pelo próprio Vicente de Paulo. A obra, sob a direção dela foi notável. Quando Paris assolada pela guerra e peste, em 1652, as Irmãs chegaram a atender quatorze mil pessoas, de todas as categorias sociais, sendo inclusive as primeira Irmãs a serem requisitadas para o atendimento dos soldado feridos, nos campos de batalhas.
  Luísa, morreu em 15 de Março de 1660. Foi beatificada em 1920 e canonizada pelo Papa Pio XI, em 1934. Suas relíquias repousam na Capela da Visitação da Casa matriz das Irmãs da Caridade, em Paris, França. Santa Luísa de Marillac, foi proclamada Padroeira das Obras Sociais e de todos os assitentes sociais, pelo Papa João XXIII, em 1960.
    


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