«Somos chamados ao trabalho desde a nossa criação. Ajudar "pessoas em situação de pobreza", deve ser sempre um remédio provisório. O verdadeiro objectivo deveria ser sempre consentir-lhes uma vida digna através do trabalho» Laudato Si: página 88.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Cuidemos da casa comum

Nestes tempo para cá, o mundo e mais propriamente o nosso pais tem-se deparado com algumas alterações climáticas e, muito recentemente com incêndios pelo pais mais concretamente a norte. Por outro lado deparamos-nos com algumas situações nas ruas e queixamos-nos da falta de educação e higiene nas pessoas que espalham o lixo fora dos contentores, por outro vemos inundações, deslizamentos de terras, poluição dos rios (recentemente no Tejo), peixes mortos, alterações do clima (hora está calor, ora frio de mais), para além de gases libertados de dióxidos pelos carros, etc, etc. Hoje as crianças começam a dar-nos alguns exemplos praticos de sabedoria e vão chamado à atenção dos adultos pela falta de higiene nas ruas entre outras chamadas. Ainda bem...
O Papa João Paulo II na sua primeira Encíclica «Carta Encíclica Redemptor Hominis» lembra-nos sobre a destruição do ambiente humano é um facto muito grave, porque, por um lado, Deus confiou o mundo ao ser humano e, por outro, a própria vida humana é um dom que deve ser protegido de vários formas de degradação. 
Já o patriarca Bartolomeu tem-se referido particularmente à necessidade de cada um se arrepender do próprio modo de maltratar o Planeta, porque «todos, na medida em que causamos pequenos danos ecológicos», somos chamados a reconhecer «a nossa contribuição - pequena ou grande - para a desfiguração e destruição do ambiente» Sobre este ponto, ele pronunciou-se repetidamente, de maneira firme e encorajadora, convidando-nos a reconhecer os pecados contra a criação: «Quando os seres humanos destroem a biodiversidade na criação de Deus; quando os seres humanos comprometem a integridade da Terra e contribuem para a mudança climática, desnudando a Terra das sua florestas naturais ou destruindo as suas zonas húmidas; quando os seres humanos contaminam as águas, o solo, o ar... tudo isso é pecado» Porque «um crime contra a natureza é um crime contra nós menos e um pecado contra Deus» 

O Papa Francisco cita na sua Segunda Carta Encíclica: 
1. «LAUDATO Si, mi' Signore - Louvado sejas, meu Senhor», cantava São Francisco de Assis. Neste gracioso Cântico, recordava-nos que a nossa casa comum se pode comparar, ora a uma irmã, com quem partilhamos a existência, ora a uma boa mãe, que nos acolhe nos seus braços: «Louvado sejas, meu Senhor, pela nossa irmã, a mãe terra, que nos sustenta e governa e produz variados frutos com flores coloridas e verduras»

2. Esta irmã clama contra o mal que lhe provocamos por causa do uso irresponsável e do abuso dos bens que Deus nela colocou. Crescemos a pensar que éramos seus proprietários e dominadores, autorizados a saqueá-la. A violência, que está no coração humano ferido pelo pecado, vislumbra-se nos sintomas de doença que notamos no solo, na água, no ar e nos seres vivos. Por isso, entre os pobres mais abandonados e m e sofre as dores do parto» (Rm 8,22). Esquecemo-nos de que nós mesmos somos terra (cf. Gn 2,7). O nosso corpo é constituído pelos elementos do Planeta; o seu ar permite-nos respirar e a sua água vivifica-nos e restaura-nos. 

São temas que nos deve preocupar e para tal devemos dar a nossa contribuição ativa pois este pequeno texto transcrito dará excelentes pensamentos no «Encontro quaresmais 2018, que terá lugar na Casa Diocesana de Vilar no dia oito de março, pelas 10horas e as 17horas, para a qual a direcção do Conselho de Zona convida todos os que poderem a participar, que será ser baseada no Tema Geral: "Laudato Si" e a vivência da caridade.
Devemos parar um pouco e antes de "Agir"; «Repensemos o que somos, o que fazemos e para onde vamos».

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